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O ditador supremo

23 de setembro de 2018

Marcos Pires

Nessa reta final de campanha, as mais disparatadas notícias nos chegam pelas redes sociais. Dois grupos de extremos políticos diferentes estão no mesmo caminho; pretendem simplesmente o adiamento das eleições por um ano, até que um dos candidatos recupere plenamente a saúde e o outro recupere sua elegibilidade e sua liberdade.

A vingar essa conversinha, teremos um ano inteiro sem governante, porque Temer vai para casa ou para a cadeia em janeiro de 2019. E quem fica no comando do país até lá?

Eu lancei essa questão no zapzap e muitos amigos me indicaram para o posto. Ou seja, eu seria o ditador de plantão durante o ano de 2019 DESDE QUE implantasse as ideias que eles encaminharam junto aos seus votos de confiança em mim.

A ideia mais recorrente foi antecipar a retirada do nome de todo mundo do SPC.

Como governante, eu também teria que atrelar o preço da cerveja ao óleo diesel, porque todas as vezes que houvesse aumento do combustível, os caminhoneiros fariam greve e o preço seria reduzido. Tal medida beneficiaria ao mesmo tempo os caminhoneiros e os cachaceiros.

Mãe Leca pediu para que eu diminuísse o percurso das Maratonas que ela corre, que é de 42 Km. Algo como 5 Km já seria do seu agrado.

As mulheres seriam obrigadas a receber de bom humor os maridos que chegam meio bêbados de madrugada em casa. Em compensação eles teriam a obrigação de emprestar às esposas seus cartões de credito para elas irem às compras nos shoppings centers uma vez por semana.

Houve uma sugestão no mínimo exótica; que no meu governo fossem contratadas cartomantes para toda a população. Já que o SUS disponibiliza teoricamente médicos para todo mundo, por que não cartomantes? Só assim os pobres poderiam evitar de torcer pelo Vasco, eleger políticos que irão roubar e cair fora de chifres que ainda serão postos.

Por aqui eu vou parando, na certeza de que pelo menos uma dessas ideias conta com sua simpatia, elegíveis leitores. O que há de comum entre todas é que são absolutamente inexequíveis. Mas são propostas de quem quer seu voto.

Tenham cuidado; o voto é uma arma que tanto mata as más práticas políticas quanto induz ao suicídio da democracia quando mal dado.

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