Trava-se, no cenário político brasileiro, uma guerra suicida.
Os contendores, no entanto, não lutam por ideais ou por melhorias para o povo.
Eles brigam pelo que tem na gamela.
A briga atinge um nordestino ilustre, uma conterrânea agregada e um carioca enfezado.
O primeiro surgiu nesta campanha, se anunciando o papel carbono do presidente eleito.
Era, no dizer dele, tão poderoso que se ofereceu a um governador eleito para apresenta-lo ao presidente.
No entender dele, o eleito, um desconhecido, só chegaria ao presidente por seu intermédio.
A outra, uma moça bonita, inteligente e destemperada, achou que era uma liderança política de alta expressão e, candidatando-se ao parlamenbto real, ficou na suplência.
E uma suplência humilhante, já que o único deputado eleito no seu partido só recebeu 50 mil votos.
Quando nos outros partidos o candidato só tinha chance quando sua votação chegava perto de cem.
O terceiro personagem é filho do homem.
E especializou-se em meter o pau nos amigos do seu pai.
Meteu o pai no conterrâneo, que bateu pino, com medo de desgostar o capitão.
Bateu e rebateu.
E a terceira pessoa endossou.
Só que o endosso veio misturado com um monte de acusações.
Dentre elas, a de que o candidato eleito apareceu pilotando uma caríssima Amarok depois de receber a verba do fundo partidário.
O negócio está feio. Tão feio que mereceu epíteto de consagrado pensador sertanejo, o queridíssimo OX, também conhecido como “Ontoim Xofer”, que ao ler e ouvir o que esses três têm dito um com o outro desde ontem, sentenciou, com aquela cara de quem morreu e já está no céu:
“Está parecendo com a guerra dos destemperados narrada pelo magistral Zé de Ana no seu célebre “ O filho boquirroto, o marginal e a doida”.
3 Comentários
Tião Velho de Guerra, seu texto é enigmático, próprio daqueles que escrevem para si próprio. Se tem medo, é melhor guardar seus enigmas !!!
Discordo de você. Escrevo para pessoas inteligentes.
O PROBLEMA É QUE A MOCETONA A QUEM DIZES DOIDA, QUER SER EXCEÇÃO NA POLÍTICA, SÓ QUE ELA É UMA EXCEÇÃO, POR ELA MESMA ESCRITA, COM DOIS ÉSSES. “EXCESSÃO”. A BANDIFAGEM: QUER MORADORA DA DIREITA OU FREQUENTADORA DA ESQUERDA, SABE QUE O BICHO ELEITOR É FACILMENTE MANIPULÁVEL POR AMBOS OS “ARTISTAS” E PELOS MEIOS QUE ESTES DISPÕEM PARA EDIFICAÇÃO DA “OBRA”.