opinião

As primeiras do dia

13 de setembro de 2019

Antes de continuar falando das traições que contaminam aqueles que chegam ou que saem do Palácio da Redenção, volto ao Governo de Wilson Braga para me reportar àquela que ele, Wilson, praticou contra José Carlos da Silva Júnior, seu vice-governador.

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Zé Carlos tinha como certo assumir o Governo faltando seis meses para as eleições, já que Wilson se desincompatibilizaria para ser candidato ao Senado.

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No meio do caminho, porém, foi convencido por Braga a também se desincompatibilizar para ser o candidato a sua sucessão.

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Zé Carlos foi na onda, renunciou junto com Wilson Braga, Braga elegeu Milton Cabral como governador biônico e, lá na frente, deu uma rasteira em Zé, colocou Marcondes Gadelha como candidato a governador e o pobre de Zé ficou sem ser candidato e sem ser governador.

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Mas eu falava da queda de Cássio pela via judicial e da volta de Maranhão ao Governo, pela mesma via.

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Chegava 2010 e Cássio, para se vingar de Maranhão, apoiou a candidatura de Ricardo Coutinho, que terminou vitoriosa. Ricardo assumiu o Governo e se sentia no direito de disputar a reeleição, garantindo a volta de Cássio ao Palácio em 2018. Cássio, no entanto, foi convencido por amigos do peito de que era forte o suficiente para derrotar Ricardo já em 2014 e antecipar seu retorno. A conversa era de que ganharia no primeiro turno.

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Lançou-se candidato e esses mesmos deputados que hoje abandonam Ricardo Coutinho pensando que ele está morto, pularam para os braços do então senador. Com Ricardo ficaram uns quatro ou cinco deputados. O restante debandou para o ninho tucano. Teve um jornalista que rompeu com o comitê de Ricardo dizendo que era mais vantagem quatro anos de poder do que seis meses.

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Cássio perdeu. Ricardo reeleito, mais quatro anos pela frente, a Paraíba vivendo num mundo diferente do mundo de crise que assolou o país, se transformou num canteiro de obras. E a crise passou longe do Estado. Enquanto outros Estados tidos como poderosos navegavam no liseu e atrasavam até o pagamento dos salários dos servidores, a Paraíba pagava seus compromissos em dia, dentro do mês.

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Ricardo chegou ao fim do mandato candidatíssimo a senador. Desistiu de ser porque o projeto de governo corria o risco de ser interrompido caso ele saisse do cargo faltando seis meses para as eleições.  Ricardo ficou, elegeu o sucessor no primeiro turno com 600 mil votos de maioria, elegeu o senador Veneziano Vital do Rego em primeiro lugar, elegeu um deputado federal e 22 deputados estaduais.

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Bem, o resultado desse sucesso todo mundo está vendo agora.

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6 Comentários

  • Reply Josenildo 13 de setembro de 2019 at 06:08

    Infelizmente nossos políticos sofrem de miopia quando se trata de reconhecimento, mas nos povo da Paraíba temos gratidão para com Ricardo e nas próximas eleições Saberemos quem realmente tem Votos!

  • Reply Odair 13 de setembro de 2019 at 07:04

    A roda gira Tião, hoje quem mamã amanhã chora e assim é a vida

  • Reply Fiscal 13 de setembro de 2019 at 09:25

    EITA Tião,
    AS RSPOSAS ESTÃO SE MOVIMENTANDO!!!
    MATÉRIA ABAIXO DO FONTE 83, DO “GORDINHO AVIÃO DO PODER”
    O restaurante Dom Carlos, localizado no fim da Epitácio Pessoa – a mais badalada avenida de João Pessoa – foi palco de um encontro de titãs.
    Por Fonte83 – 11/09/2019
    Primeiro chegou o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (PSB), e quase toda a bancada governista na Casa. Depois foi a vez do secretário de Comunicação da Paraíba, Nonato Bandeira, e o chefe de gabinete do governador, Ronaldo Guerra. Coincidência ou não, quem também apareceu por lá foi o vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Junior (SD).

    • Reply Angela 13 de setembro de 2019 at 16:37

      Escolheram o restaurante pela proximidade com as farmácias,
      onde poderiam comprar Rivotril?
      KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

  • Reply Airton Calado 13 de setembro de 2019 at 11:50

    A vice governadora Lígia Feliciano também tinha a expectativa de assumir o governo Ricardo não deixou, chegou a hora do troco, não tem santo nessa confusão

  • Reply Antonio Carlos 13 de setembro de 2019 at 12:04

    Torço muito para que haja uma reconciliação entre Ricardo e João, pelo bem da Paraíba.
    Não sei por qual motivo, mas vejo o nobre Tião Lucena como um dos que fomenta esse clima de ódio, que não ajuda em nada.

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