Os Campeões da Informação

Da nova série “Os Campeões da Informação” : Luiz Otávio, O Informal

23 de novembro de 2018

No começo ele era apenas o Luiz Otávio Informal, responsável por uma coluna sobre amenidades, publicada no semanário O Momento. Depois se transferiu para o Jornal Correio e lá manteve a coluna. Até que um dia resolveu sair da mesmice e criou um programa de rádio, primeiro na antiga Arapuan AM da Almirante Barroso e depois, graças ao sucesso alcançado na estréia, na 98 FM Correio.

Até ali, os programas de rádio seguiam o padrão tradicional de dar a notícia através do locutor, que a lia de forma impessoal, com a voz empostada como se viesse do além.

Luiz Otávio Amorim criou o debate ao vivo, a entrevista, a participação dos ouvintes criticando e reivindicando. A forma deu certo, o programa pipocou em audiência, virou febre e mania.

A partir daí apareceram as imitações que perduram até hoje. Mas o pioneiro, pelo menos em João Pessoa, já que no interior Zeilton Trajano tinha um programa com o mesmo padrão, foi Luiz Otávio.

Ele ficou tão poderoso que entrava em gabinete de governador sem avisar. Era respeitado. Candidatos a prefeito foram escolhidos em sua casa. Todos o ouviam e temiam.

Até que veio a doença,  o coração começou a avariar e Luiz morreu numa boca de noite, nos braços da esposa, Marinês.

O seu velório e enterro foram uma apoteose. Políticos aproveitaram para tirar uma casquinha. Os donos do Sistema Correio choraram copiosamente. Uma verdadeira multidão se despediu do campeão de audiência.

Que terminou esquecido.

Hoje nem cova dele mais existe no Senhor da Boa Sentença.

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3 Comentários

  • Reply VANALDO TOSCANO VARANDAS VARANDAS 23 de novembro de 2018 at 10:31

    ME ENCONTRO SEMPRE COM SUA VIÚVA, MARINÊS, MINHA AMIGA.
    ELA SEMPRE VAI AO CLUBE DA MULHER IDOSA, NO ALTIPLANO.
    A MESMA SIMPLICIDADE, E FAZENDO SEUS EXERCÍCIOS.
    O MARIDO DEU TUDO ÀO CORREIO DA PARAIBA, E PARECE,
    QUE É ESQUECIDA TAMBÉM PELOS DONOS DA CORREIO.
    ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE!
    ABR FAIXA

  • Reply Ludmylla Amorim 4 de abril de 2019 at 13:42

    Olá, Tião, boa tarde!

    Fiquei muito emocionada ao ler esse texto sobre meu avô. Estou cursando Relações Públicas pela UFPB e começando a destrinchar o legado histórico que ele deixou e realmente ninguém lembra. Pretendo realizar uma pesquisa assim que surgir uma oportunidade e seria gratificante poder conversar com você que o conheceu.

    Abraço!

    • Reply Sebastião 5 de abril de 2019 at 05:15

      terei o maior prazer

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