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Da Série Os Campeões da Informação: Otinaldo Lourenço, o Rei do Rádio

2 de fevereiro de 2020

Quando entrei para o jornalismo Otinaldo Lourenço não militava mais no rádio.

Ingressei na Arapuan na década de 70 e lá trabalhei ao lado de Antonio Malvino, Silvio Carlos, Dorgival Barbosa, Jair Santana e Ivan de Oliveira. Eu e Malvino não fomos pupilos de Otinaldo Lourenço, mas nos adaptamos aos programas que ele deixou, notadamente Mesa de Redação e Antena Política, os melhores programas do rádio paraibano em todos os tempos.

Otinaldo deixou o rádio, mas a voz ficou. A voz bonita, vibrante, aquela voz que me tornou freguês da famosa Água Rabelo, “… agora em tamanho econômico de meio litro”, como ele dizia no comercial que o tempo preservou.

Se no rádio não estivemos juntos, no Direito, profissão que ele abraçou após aposentar o microfone, fomos parceiros em incontáveis audiências, eu juiz classista da Segunda Junta de Conciliação e Julgamento e ele disputado advogado trabalhista.

O jornalista Assis Tito, discorrendo sobre Otinaldo, assim o definiu:

Otinaldo Lourenço é, sem dúvida, um dos mais competentes gestores de rádio que conheci. Sua habilidade era rara em misturar na programação o gosto mais elitizado, que ele aprendeu ouvindo a Rádio Jornal do Brasil e a BBC de Londres, e o sabor popular que os comunicadores, os “disc-jockeys”, faziam.

Na política, fugia da polarização direita-esquerda, se assumia um democrata defensor da monarquia, em especial a inglesa.

A programação fazia sucesso com “Mesa de redação” , “Antena política”, ”Jornal Sensacional”, “Dramas e comédias da cidade”, “Plantão Arapuan”, “Clube dos amigos da noite”.

Com bom humor, paciência, dedicação coordenava a redação com Luiz Andrade, Erialdo Pereira, Roberto Oliveira, Ivan Tomaz, Anco Marcio entre outros. Na locução. Nauda de Abreu, Metuzael Dias, João Almeida Tourinho (irmão de Mário Tourinho), Ari Silva.

Autodidata na comunicação, como todos nós, Otinaldo, o “Mago” ou o “Magro”, era fã das normas de redação de Carlos Lacerda, que antes de ser político era um combativo jornalista.”

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2 Comentários

  • Reply Penha 3 de fevereiro de 2020 at 14:22

    Tião- eu agora me lembrei de Nauda de Abreu e Erisinor Faustino que trabalhavam na velha Arapuan. Você conheceu?

    • Reply Sebastião 3 de fevereiro de 2020 at 15:57

      Nauda eu conheci

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