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Descontou dos servidores e não recolheu :Reitor da UEPB confessa calote de R$ 5 milhões na PB-Prev

11 de julho de 2018

O reitor da Universidade Estadual da Paraíba, professor Rangel Júnior, acabou confessando um crime, hoje, durante entrevista à Rádio Arapuan de João Pessoa. Ele disse, com todas as letras, que desconta a Previdência Social dos funcionários da UEPB e não a recolhe, e que a dívida já se aproxima dos 5 milhões de reais.

A conduta do professor Rangel Júnior se constitui crime tipificado no artigo 168-A do Código Penal Brasileiro, que transcrevo abaixo para melhor entendimento do leitor.

CP – Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940

Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

  • 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

III – pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

 Ou seja, o funcionário público (vamos nos ater ao caso da UEPB) ganha um salário X e ao final do mês tem, do salário, descontado um percentual destinado à Previdência Social.

O gestor que faz o desconto é obrigado a recolher o valor descontado, pois não lhe pertence e sim ao funcionário. Não o fazendo, comete o crime previsto no artigo acima citado do Código Penal e está passível de ser preso e recolhido para cumprir uma pena que varia de dois a cinco anos, além de ser obrigado a pagar multa.

Pois o professor Rangel, réu confesso, não recolheu o dinheiro descontado e ainda disse, para todo mundo ouvir, que não vai recolher . “Nem recolhemos, nem vamos recolher” afirmou através das ondas sonoras da Arapuan.

Cabe agora às autoridades do Ministério Público e do Tribunal de Contas chamarem o reitor à responsabilidade e cobrarem os cinco milhões da Previdência dos servidores da UEPB.

E enquanto isso não acontece, ouça o professor Rangel confessando de público que descontou o dinheiro dos seus servidores e não fez o recolhimento.

 

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5 Comentários

  • Reply Fernando Torres 11 de julho de 2018 at 19:12

    Já imagino que no fim o desafeto do reitor, governador Ricardo Coutinho, é quem vai pagar essa conta, como sempre, por causa da má administração desse reitor.

  • Reply GILVAN HERCULANO 11 de julho de 2018 at 19:59

    Esse cara só pode ser louco. Como é que um gestor público confessa no ar um calote. Por mais que esteja em crise financeira se o servidor ganha R$ 1.000,00 , no caso da PBPREV, R$ 110,00 são retidos para serem recolhido a PBPREV. Logo o servidor só recebe 890,00, se o gestor não recolhe a parte do empregado, é apropriação indébita, situação essa que vem reprovando muitas contas de gestores na Paraíba . ESSE REITOR NÃO TEM JUIZO, SE NÃO PODE COM O POTE SOLTE A R RODILHA.

  • Reply Mercia de Fatima 12 de julho de 2018 at 00:39

    Tem que ter responsabilidade com o dinheiro publico. Afinal a uepb já leva muito dinheiro desse estado. Inconcebivel um estado pobre como o da Paraiba pague aos professires e funcionarios dela mais que a universidade federal . Essa falta de repasse para o inss vai criar priblema na hora das apisentadorias.

  • Reply josenildo 12 de julho de 2018 at 07:23

    Vai terminar ele dizendo que a culpa é de Ricardo Coutinho, ele tem ideia fixa em Ricardo!!!!

  • Reply Angela 12 de julho de 2018 at 17:27

    Se ele confessa que não faz o repasse dos valores descontados em folha, o que é feito com o
    dinheiro ? Em qual rubrica ele aparece depois? Será que existe uma rubrica denominada
    “verba oriunda de apropriação indébita”?

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