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Inquéritos que apuram o escândalo da lama da lagoa dormem há mais de ano na PF e no Ministério Público

6 de julho de 2019

Os três inquéritos policiais da Polícia Federal e o civil do Ministério Público Federal, que investigam suposto superfaturamento de R$ 10 milhões nas obras de revitalização do Parque Solon de Lucena, mais conhecido como Lagoa, estão sem nenhuma diligência há mais de um ano.

Os inquéritos policiais do caso, que estão sob responsabilidade do delegado federal Juvêncio Almeida, aguardam um depoimento de uma pessoa que está fora do país para encerrar as diligências e, possivelmente, conclusão. Essa espera acontece há mais de um ano.

Do material que foi apreendido durante a busca e apreensão da, até o momento, única fase da Operação Irerês, está um Ipad, que pertence a Eduardo Victor, dono da empresa Compecc, responsável pelo ressoreamento, construção de túnel na reforma da Lagoa. Por não conseguir acessar ao conteúdo, a Justiça Federal autorizou que Juvêncio enviasse este aparelho eletrônico para os Estados Unidos, para que fosse realizado o desbloqueio.

Já no âmbito cível, nenhuma movimentação. Isso porque o procurador da República Yordan Moreira Delgado já encerrou a fase das oitivas, captação de documentos e agora aguarda relatório da Polícia Federal, conforme foi informado pelo órgão.

A reportagem também entrou em contato com a assessoria da Polícia Federal e nenhuma resposta foi dada até o momento desta publicação.

A investigação teve início no MPF a partir de relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que apontou desvio de aproximadamente R$ 10 milhões nas obras do parque.

A Polícia Federal deflagrou no dia 2 de junho de 2017 a Operação Irerês, visando investigar  irregularidades na licitação e na execução nas obras realizadas pela Prefeitura de João Pessoa na Lagoa.

Laudos técnicos produzidos pela PF apontaram prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 6,4 milhões. Foram cumpridos dois mandados judiciais de busca e apreensão em João Pessoa, expedidos pela 16ª Vara da Justiça Federal em João Pessoa

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1 Comentário

  • Reply Fred 6 de julho de 2019 at 18:05

    Interessante que, quando se trata de casos que envolvem pessoas do mundo político, as instituições de controle e fiscalização comportam-se de forma atípica. Seja para proteger, seja para atacar, dependendo do lado político. A punição e a impunidade ficam a mercê do oportunismo.

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