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Até quando?

14 de junho de 2023

Dércio Alcantara deu o grito de alerta, Marcos Maivado Marinho repercutiu e eu sigo atrás, na mesma toada: Alguma coisa tem que ser feita para dar um freio de arrumação nessa bagunça. Depois que inventaram a internet e acabaram os jornais impressos, todo mundo virou jornalista. É blog pra todos os gostos, portais para todas as tendências, tudo em busca do ganho fácil e da picaretagem.

Gente que não sabe engatar uma vogal numa consoante se assume como jornalista, comparece às coletivas, é presença constante nos almoços 0800 e, o pior, chantageia quem não aceita pagar pelos seus dotes culturais e informativos.

Isso tem que acabar.

Sou do tempo dos jornalistas de verdade, daqueles que eram da API e do Sindicato, com registro no Ministério do Trabalho e tudo o mais. Não me sinto colega dessa turba maluca que invade os espaços para trocar matérias por tostões.

Por isso achei providencial o alerta de Dércio. Aqui vai ele:

 

O mercado de comunicação paraibano precisa de um freio de arrumação

Por Dércio Alcântara 
 O mercado de comunicação paraibano precisa de um freio de arrumação
Foi-se o tempo em que o ainda incipiente mercado de comunicação paraibano era composto apenas por anunciantes, agências, veículos e fornecedores.
Entendendo-se veículos por jornal, rádio e TV, aqui dispostos pela ordem de surgimento e que chamamos de mídia tradicional ou raiz, hoje acrescentamos o jornalismo online e aí reside o problemão que engessou o planejamento de mídia, sobrecarregou o faturamento e dispersou as verbas.
Estimulados ao empreendedorismo, jornalistas demitidos das redações do extinto jornalismo impresso de uma hora para outra viraram pessoas jurídicas e passaram a pleitear um pedaço do bolo publicitário do já combalido setor público do mercado.
Se fossem algumas dezenas, estava justificado e viabilizado, mas os blogs e portais passam de uma centena e continuam a se replicar como coelhos e ninguém sabe aonde isso vai parar.
O que fazer para diferenciar jornalismo online de qualidade e relevância da simples extorsão do que virou nas Secoms, verdadeiras filas do auxílio emergencial, bolsas família ou simplesmente do INSS?
Cabos eleitorais criam um site a cada hora e nos quatro cantos da Paraíba gestores são abordados e, na maioria das vezes, com medo do tribunal da internet disponibilizam um peitinho para a “Imprensa” de araque.
A pergunta é: até quando o Tribunal de Contas vai fechar os olhos para esse novo jeitinho de acomodar bajuladores e até quando a imprensa séria e profissional vai permitir que seu espaço seja invadido e destruído por charlatões?
Chegou a hora da verdade subir o tom e a mentira ser colocada no seu devido lugar.
Até quando vamos ficar calados e assistindo a desmoralização da imprensa profissional e constitucional sendo substituída pela picaretagem digital?
Até quanto vamos ficar sem fazer nada?

 

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