Bonecas e bonecos

Foto Google

Antigamente, quando você via alguma moça feita brincando de boneca dizia logo que ela estava fraca do juízo. Boneca sempre foi brinquedo e brinquedo é coisa de criança.

Ou pelo menos era.

Porque agora estamos vendo um monte de moças e mulheres maduras abraçadas com seus bonequinhos de silicone, andando pra cima e pra baixo, chegando ao extremo de exigirem consultas médico/pediátricas e espaço nas filas preferenciais de supermercados e similares.

O Brasil enlouqueceu literalmente. Deu-se vida aos clones de crianças sem que os clones tenham vida. São bonecos, nada mais do que bonecos.

Hoje eu vi um vídeo de uma mulher com o peito enfiado na boca do seu boneco. Dava de mamar, não sei se saía leite, mas que dava, dava.

Até lembrei do caso de Bastinho. Passou mal por excesso de comida e bebida, desmaiou e recomendaram leite de peito de mulher como remédio. De logo uma mulher espremeu o leite num copo, levaram o copo à boca de Bastinho, ele abriu os olhos com dificuldade, perguntou o que tinha no copo e ao ouvir que se tratava de leite de peito, balbuciou:

– Mamando né mió não?

Segundo meu conselheiro em assuntos de bonecos e bonecas, Cicinho da Rua da Lapa, esse bonecos de hoje são descendentes das famosas bonecas infláveis destinadas a homens que não conseguem mulheres na hora do alívio. Diz que elas começaram a ganhar vida e chegaram ao cume da gravidez e parição.

E até registra os primeiros passos dessas tais. Aconteceram em Salvador. Um turista americano, bebaço, solicitou ao gerente do hotel que mandasse duas loiras para o seu apartamento. Não tinha loiras, na Bahia isso é coisa rara, o gerente valeu-se de duas bonecas que estavam guardadas no depósito. Colocou-as na cama, deu o sinal verde para o americano, ele subiu e logo desceu, espantado:

– A galega é doida. Dei uma mordida na bunda dela, ela soltou dois peidos na minha cara e saiu voando pela janela.