Miguel Lucena
Na Geórgia, nos EUA, a pena de morte foi adiada por um motivo nada solene: uma crise intestinal. Após pedir uma última refeição hipercalórica, o condenado passou mal, teve caganeira e acabou “desorganizando” o cronograma do Estado. O Conselho de Indultos suspendeu a execução por questões médicas e jurídicas.
Há algo de cruelmente irônico nisso. O Estado decide quem morre, mas não controla o intestino. A pena máxima tropeçou na fragilidade humana. No fim, a morte foi adiada não por misericórdia, mas por cólicas. Até a justiça, às vezes, perde para o corpo.




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