Por Durval Lira
Hoje, quando o sol ainda ardia em seu zênite e o relógio marcava o meio-dia, eis que, pelas ondas da Rádio Arapuan, chegou até nós a notícia que caiu como tempestade em céu de primavera: Josinato Gomes, intelectual e liderança política, farol de esperanças e guardião de ideais, não mais seguirá em sua postulação à Câmara Federal.
Ah, a Câmara Federal! Essa augusta Casa, erguida em Brasília como o altar da democracia, onde cada voz do povo brasileiro encontra eco e ressonância, onde se escreve, linha por linha, o destino desta Pátria imensa! É a tribuna das causas coletivas, o coração que pulsa ao ritmo da Nação!
E como não lamentar, com a alma pesarosa, que a Paraíba deixe de enviar a esse templo um dos seus mais qualificados filhos? Como não prantear a ausência de um quadro tão preparado, tão imbuído de coragem e discernimento, de alguém que, em cada palavra, em cada gesto, sempre demonstrou grandeza de espírito e firmeza de caráter?
Perde a política paraibana, perde a representação popular, perde sobretudo o povo, que via em Josinato Gomes não apenas um nome, mas uma promessa de dias melhores, uma ponte entre o chão da Paraíba e os corredores solenes de Brasília.
Mas que fique registrado: se a caminhada eleitoral se interrompe, a grandeza da liderança permanece. Josinato Gomes já não é apenas candidato; é símbolo, é voz que ecoa mesmo no silêncio, é semente lançada que há de florescer nos campos da esperança.
A Paraíba lamenta, o povo sente, e a história registra: sua desistência é ausência que dói, mas sua liderança é presença que não se apaga.
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