NOITE DE TERROR
Nos encontros semanais do Zé Américo são contadas histórias incríveis sobre acontecidos que ficaram registrados nas mentes dos personagens como coisas a serem preservadas e jamais repetidas. A de sábado reportou-se a noite de terror vivida pelo destemido Gaudêncio Cabral, o filho de Cícero, o imbatível, paladino da justiça e do Direito.
Era noite, noite alta. Alguém bateu insistentemente na porta da casa de Gaudêncio, mas não eram batidas de “ó de casa” e sim batidas de quem queria arrombar a porta. O dono da casa acordou com o bate-bate, chamou o filho mais velho, os dois escutaram, constataram que algo de errado estava acontecendo e coube a Gaudêncio a tarefa de, com as mãos trêmulas e a voz embargada pela emoção e pelo medo da morte que se aproximava, telefonar para a polícia.
Que veio logo, afinal se tratava do famoso defensor público do fórum de Mangabeira, encarregado de requerer solturas de presos do PB 1, da Média e de outras cadeias circunvizinhas.
As sirenes da polícia acordaram a vizinhança, o bairro entrou em ebulição, policiais em trajes de combate apontaram fuzis e metralhadoras para a frente da casa e para o derredor. Chamado pelos policiais, Gaudêncio finalmente criou coragem e abriu a porta. Minuciosa inspeção foi feita nas dependências, nas laterais e no quintal. Nada foi encontrado a não ser o velho cachorro da família que saíra para cagar e ao voltar encontrara a porta fechada, que tentou abrir batendo repetidas vezes com o rabo.
NO CUSCUZ DE SÁBADO
E a plateia deste sábado, de ouvidos atentos a história de Gaudêncio, era formada pelo Tião Bonitão que vos fala, por Júnior Cabral, por Felipe, por Antônio Belarmino, por Tadeu Florêncio e por Marcos Burrego.
BELARMINO E O LIVRO
Antônio Belarmino é princesense do Sítio Piau. Saiu da Paraíba em 72 para tentar a sorte no Norte. Estabeleceu-se em Rondônia como funcionário do Ministério Público até se aposentar. Viveu dois anos no interior de São Paulo e finalmente aportou em João Pessoa, definitivamente. Ontem recebeu um exemplar do meu novo livro “Lembrar para não esquecer.”
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