Destaques

Domingueiras do Tião

6 de abril de 2025

NOITE DE TERROR

Nos encontros semanais do Zé Américo são contadas histórias incríveis sobre acontecidos que ficaram registrados nas mentes dos personagens como coisas a serem preservadas e jamais repetidas. A de sábado reportou-se a noite de terror vivida pelo destemido Gaudêncio Cabral, o filho de Cícero, o imbatível, paladino da justiça e do Direito.

Era noite, noite alta. Alguém bateu insistentemente na porta da casa de Gaudêncio, mas não eram batidas de “ó de casa” e sim batidas de quem queria arrombar a porta. O dono da casa acordou com o bate-bate, chamou o filho mais velho, os dois escutaram, constataram que algo de errado estava acontecendo e coube a Gaudêncio a tarefa de, com as mãos trêmulas e a voz embargada pela emoção e pelo medo da morte que se aproximava, telefonar para a polícia.

Que veio logo, afinal se tratava do famoso defensor público do fórum de Mangabeira, encarregado de requerer solturas de presos do PB 1, da Média e de outras cadeias circunvizinhas.

As sirenes da polícia acordaram a vizinhança, o bairro entrou em ebulição, policiais em trajes de combate apontaram fuzis e metralhadoras para a frente da casa e para o derredor. Chamado pelos policiais, Gaudêncio finalmente criou coragem e abriu a porta. Minuciosa inspeção foi feita nas dependências, nas laterais e no quintal. Nada foi encontrado a não ser o velho cachorro da família que saíra para cagar e ao voltar encontrara a porta fechada, que tentou abrir batendo repetidas vezes com o rabo.

 

NO CUSCUZ DE SÁBADO

E a plateia deste sábado, de ouvidos atentos a história de Gaudêncio, era formada pelo Tião Bonitão que vos fala, por Júnior Cabral, por Felipe, por Antônio Belarmino, por Tadeu Florêncio e por Marcos Burrego.

 

BELARMINO E O LIVRO

Antônio Belarmino é princesense do Sítio Piau. Saiu da Paraíba em 72 para tentar a sorte no Norte. Estabeleceu-se em Rondônia como funcionário do Ministério Público até se aposentar. Viveu dois anos no interior de São Paulo e finalmente aportou em João Pessoa, definitivamente. Ontem recebeu um exemplar do meu novo livro “Lembrar para não esquecer.”

Você pode gostar também

Sem Comentários

Deixar uma resposta

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

2