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Domingueiras do Tião

13 de julho de 2025

SAPOS DE FREI DAMIÃO

Os sapos de Alagoa Grande pararam de cantar há 40 anos por ordem de Frei Damião. Eles continuam morando na lagoa que enfeita o centro da cidade, mas não cantam mais.

O frade capuchinho estava em Alagoa Grande e se preparava para fazer o sermão da missa, mas não conseguia se concentrar por causa dos sapos, que, no mesmo horário da missa entoavam suas cantigas noturnas numa zoeira que incomodava o religioso e dividia as atenções dos féis.

Foi então que Frei Damião ergueu os dois braços para o céu e clamou a Deus para silenciar os sapos. No mesmo instante os sapos se calaram, Frei Damião encerrou o sermão, juntou os panos de bunda, foi embora e se esqueceu de retirar o castigo.

Que continua valendo, mesmo depois da passagem do santo padre para o plano celestial.

 

ALAGOA GRANDE

Estamos, eu e dona Cacilda, passando o final de semana em Alagoa Grande ao lado da turma de Júnior e Aninha, dois guerreiros do turismo tupiniquim. E é nessa viagem que estou tendo acesso a histórias como essa dos sapos castigados por Frei Damião. A turma é animada, sai logo cedo da pousada e não tem hora para retornar. Passa o dia conhecendo os pontos turísticos e a noite dança forró no restaurante de “Maria da Pá Virada”.

Mas como tudo que é bom acaba um dia, amanhã retornaremos a João Pessoa e que chegue a segunda-feira, que não é de cinzas, mas é tão ingrata quando a quarta-feira pós carnaval.

 

JAIME E ANNE

Em Alagoa Grande  fomos recepcionados pelo casal Jaime e Anne, dois  jovens  empreendedores que estão revolucionando o turismo  na região.

 

ZÉ LUCENA E NUNU

Zé Lucena, o filho intelectual de Tia Maria e Messias, morreu neste sábado.  É o segundo da família que se vai. O primeiro, Nivaldo, o famoso Cascão, se foi de repente, o coração parou de bater.

Nunu de João de Teté, dos tempos da minha infância, morava em Bodocó, onde morreu e foi enterrado.

O nosso tempo está se esvaindo. Nem sei mais a quem cumprimentar quando chego em Princesa, os do meu tempo foram embora ou morreram.

Visito o cemitério, vejo as covas, leio os nomes, reencontro com os companheiros daqueles ontens, todos lá, caladinhos, no maior silêncio, aguardando a chegada do restante da turma.

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