EM TEMPOS DE CRISE
Assim que assumiu o Governo, Fernando Collor se apoderou dos depósitos bancários dos brasileiros, quem tinha dinheiro em poupança ficou sem acesso, ninguém era mais dono de nada. Teve gente que morreu de infarto, outros se suicidaram, o Brasil experimentou o caos.
Meu amigo Geraldo Borba conta que acabara de depositar o dinheiro da venda de uma casa na caderneta de poupança. Ficou com o dinheiro preso, olhando de longe, sentindo o cheiro dele, mas sem experimentar o gosto. E quando, finalmente, liberaram o que estava depositado, não deu pra fazer uma feira.
Não senti no bolso o problema porque não tinha dinheiro em poupança. O que ganhava mal cobria a despesa do mês, mesmo assim convivi com a inflação de Sarney beirando os 90 por cento e com as práticas de Fernando Collor matando todo mundo de fome e do coração.
Eu, funcionário público estadual, sem receber há quatro meses, morri nas mãos de agiotas. Se não bastasse isso, fui obrigado a vender o carro para cobrir o cheque especial estourado no banco. Voltei a andar de ônibus, a fazer feira em Oitizeiro e transportá-la nos coletivos de Abelardo Azevedo levando dedada e bafo de sovaqueira, em suma, escapei fedendo.
O tempo melhorou com Itamar, ficou melhor ainda com FHC e chegou o paraíso com Lula. Bolsonaro trouxe a pandemia, quase um milhão de mortes, um pesadelo. Lula voltou, retornamos ao bom caminho e a coisa só não está às mil maravilhas porque um bando de malucos insiste em devolver o país ao caos.
Será que vamos deixar isso acontecer?
NIVER DE MÁRIO
Mário Gomes Filho é um amigo/irmão, gente fina, um cara que se fosse para defini-lo teria que utilizar todos os adjetivos conhecidos e inexplorados. Defino-o como o amigo que sei estar sempre por perto para me socorrer na hora da precisão. Parabéns velho amigo, você chegou aos 59 anos conservando a juventude dos 20. Está na fulô da idade.
LIVRO DE EDMILSON
“CRIME ORGANIZADO INVADE O SERVIÇO PÚBLICO” é o mais novo livro do mano Edmilson Lucena, em dias de ser distribuído para todo o Brasil pela Amazon. Já li os originais e garanto: vai bombar.
EU E MARIA PARAÍBA
Ouvia Maria Paraíba pelas ondas sonoras da Pop FM e lembrei da vez que nos encontramos em Brasília no lançamento do meu livro “A Guerra de Princesa”. Carpe Dien lotado, e lá estava Maria na fila dos autógrafos. Pegou um exemplar, pagou por ele, recebeu o autógrafo e em seguida sentou-se confortavelmente, pediu o cardápio, escolheu belíssimo prato, jantou e, ao final, informou ao garçom que eu pagaria a conta.
O livro, ainda lembro, custou 30 reais. O jantar de Maria saiu por 150.
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