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Domingueiras do Tião

21 de setembro de 2025

O TEMPO SE FOI E SE FOI PRA PIOR

O meu time era outro, não tinha  nada a ver com os jogadores de agora. Éramos a seleção de 70, nosso Pelé atendia pelo nome de Biu Ramos, era veterano, os mais novos seguiam seus conselhos e o acompanhavam nas tertúlias etílicas.

Era um tempo de solidariedade extremada. Jornalista não ficava sozinho em briga com poderosos. Ao contrário do que acontece nesses tempos bicudos em que o cheque vale mais do que o abraço, quem mexesse com um, mexia com o resto.

Ainda lembro da agressão a Nonato Guedes. Todos apontamos as armas para os agressores, não importava o tamanho deles. A mesma coisa aconteceu com Heitor, lá atrás. E com outros.

Não vivíamos de requintes, nos contentávamos com as bravatas de Moura no Bar da API ou com as gentilezas dos garçons da Flor da Paraíba, da Fava da 13 de Maio ou do Cassino.

E nos respeitavam.

Não tínhamos o hábito de comer o mais caro do cardápio e depois jogar a conta na mesa do prefeito, do vice, do vereador ou do deputado, como, dizem, acontece nos dias atuais.

Eles é que nos procuravam, pediam um minuto de atenção e alguns de nós, a exemplo de Biu, olhavam com ar de desprezo e respondiam: “Vou pensar no seu caso”.

Sou dinossauro, confesso. Eu, Pinto, Edmilson, Frutuoso, Sérgio de Castro Pinto, Petrônio, Júlio Santana, Gonzaga, Evandro, Marcos Maivado, Fodinha, Anco Márcio, 1berto de Almeida, Marcos Tavares, Agnaldo, Hilton Gouveia, Alarico, Josinaldo, David, Ortilo, Euflávio, Nonato, Lenilson, Linaldo, Barbosinha, Otinaldo, Malvino, Teócrito, os Barroso Pontes, Miguezim e Marcone Formiga, aderimos ao computador mas continuamos escravos da “queixo duro”, sem esquecer o cheiro da tinta do jornal e a alegria proporcionada por um furo de reportagem.

O tempo se foi e se foi pra pior. O jornalismo virou um negócio.

 

LANÇAMENTO DE HILDEBERTO

Foi uma senhora festa a do lançamento dos livros de Hildeberto Barbosa(Hildeberto em dose dupla), sábado pela manhã, nos salões da Editora Ideia. Teve gente de esquerda, de direita, de centro, intelectuais, doidos, malucos, poetas, gente feia, gente bonita, o mundo inteiro e uma banda da lua. Prestígio Hildeberto mostrou que tem.

 

NEM O SEVERINO

Faço questão de não botar coisas de política nas Domingueiras, mas não me contive ao ver a frase de Renan Calheiros sobre o conterrâneo Hugo Motta: “Nem Severino foi tão fraco”.

 

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