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Domingueiras do Tião

21 de dezembro de 2025

IH ROXIM!

Tião Badé morreu dos rins, numa madrugada de domingo. Ele era feio, desengonçado, e diziam que tinha um parafuso a menos. A sua morte desfalcou os quadros de vivos do reino encantado do sertão.

Filho de Rosa e Luiz Mofeta, Tião era descendente de enorme prole, pois Luiz Mofeta, além de emérito bebedor de cachaça e chamador de nomes feios, era um conhecido fabricador de gente.

Badé nasceu e se criou no Cancão, nos matos da Pedra do Urubu e nos tanques de Dona Bezinha. E foi ali que se especializou na safadeza, aprendendo ofícios pela frente e por detrás ao ponto de tornar-se o terror das mocinhas, dos mocinhos, das velhas, dos bêbados, das jumentas e dos jegues da região.

Luiz Caboré foi testemunha ocular de muitos casos dele. Um dos quais aconteceu na baraúna de Zefa da Pedreira. Badé passava procurando uma moita para se aliviar e escutou um grunhido. Era um casal se amando entre as palmas de Antônio Perna Curta. Tião aproximou-se na ponta dos pés e viu o rapaz em cima da moça, no chão. Nem pensou duas vezes: tirou a roupa e jogou-se nas costas do moço.

Célebre, porém, foi seu caso com o jegue de Rosendo. O jegue era famoso na região, por ser de lote. Jegão enorme, montava nas éguas para fazer burros de raça, baixeiros, vendidos a peso de ouro. Todo mundo dizia que o jegue de Rosendo era primeiro sem segundo. Foi aí que Tião Badé entendeu de comer o jegue famoso.

Invadiu o roçado de Rosendo nas margens do Açude Novo e se introduziu na intimidade do bicho. O jegue, desacostumado com aquele tipo de invasão, deu uma popa, arrochou o aro , desceu pelo paredão do açude e pela Rua do Cruzeiro, trotando e levando Tião Badé pregado nas suas ancas, acertando o passo para não cair em descompasso, ao mesmo tempo que gritava, com medo do jegue desembestar:

– Ih, roxim! Ih, roxim!

 

ECOS DO ANIVERSÁRIO

O aniversário foi na sexta, mas no sábado ainda se comemorava do jeito que a gente gosta, com cuscuz, bode guisado e café com leite. Eu, Edmilson, Gaudêncio Cabral, mais tarde chegaram Tadeu Florêncio e Marcos Burrego e o local não poderia ser outro senão a feira do Zé Américo, o metro quadrado mais democrático da cidade.

 

CONFRATERNIZAÇÃO NA PGE

A semana é de confraternização. E os Procuradores do Estado se juntaram para os abraços de natal e ano novo, todos sob o comando da presidente Sanny Japiassu e do Procurador Geral Fábio Brito.

 

CONFRA DO PILATES

A nossa turma do Pilates também celebrou o natal com um saboroso café da manhã. E o prato mais cobiçado foi o mangunzá doce de Dona Cacilda.

 

CONFRA DO SUPERA

Liderados pela Professora Franci, os alunos do Supera foram comemorar o natal em belo restaurante do Bessa. Não faltou camarão, carne de sol e cuscuz na nata. Eu não sou aluno, mas como marido de aluna estive lá.

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