Por Chico Pinto Neto
O mundo capotou e poucos notaram. O processo humano está em decadência e repleto de contradições. As ações humanas não têm mais objetividade concreta, respeito mínimo e muito menos consideração ao próximo.
O vale tudo prospera numa dimensão absurda, permitindo à falta de respeito em todos os sentidos aos valores individuais provocando medo, rancor e desavenças numa escala sem dimensão que se possa levar a serio.
O erro está contido na proposta de divisão de idéias impostas pela forma como o Poder Público, nas suas várias áreas age, e outras vezes, pelas paixões ideológicas e desvairadas que nos levam a discordar de forma contundente do ponto de vista daqueles que pensam ao contrário daquilo que queremos impor.
Respeito e paciência com o antagonismo são coisas do passado. Cada qual quer impor as suas idéias e preferências de cima para baixo como se somente ele fosse dono de todas as verdades mundanas. Atritos ocorrem diariamente entre familiares e amigos por conta do momento divisionário que nos cerca.
Jesus nas suas preleções ao falar, através de parábolas aos Fariseus, foi enérgico ao chamá-los de “Guias Cegos! Dizendo-lhes, ainda, naquela oportunidade, que eles eram capazes de “Filtrar um mosquito e engolir o camelo”.
Nos dias de hoje se expele com certa ganância algo mais ainda danoso, ou seja: o direito das pessoas vem sendo sacrificado pela falta de respeito às leis, causando desconforto em virtude de idéias que fluam e o direito de se expressar não sejam restritos ao desejo daqueles que manobram com expertise o que deve ser dito e, até mesmo, se comente as contradições e o respeito a nossa Lei Maior.
A frase “condutores cegos que coais um mosquito e engolis um camelo” é uma expressão bíblica, encontrada em Mateus 23:24, usada para criticar a hipocrisia de pessoas que se concentram em cumprir detalhes minuciosos da lei (coar um mosquito) enquanto ignoram preceitos maiores e mais importantes, como a justiça e a misericórdia (engolir um camelo).
A hipocrisia, os interesses pessoais e a apropriação indevida dos recursos públicos são as causas das mazelas que assolam o nosso País. A insegurança pública permeia por todos os becos e vielas das cidades. E o pior de tudo é a falta de leis que imponham “castigos” mais severos a esses criminosos, na sua expressiva maioria, constituída de traficantes, ceifadores de vidas e responsáveis por adotar a nossa juventude para o consumo das drogas pesadas e de outros tipos de entorpecentes.
Vale salientar que estes criminosos, quando são alcançados pelo policiamento, não estão nem aí, pois, já têm ao dispor bancas de advogados constituída por experientes criminalistas, que aproveitam da famigerada Audiência de Custódia e, no mesmo dia, esses criminosos retornam às ruas com o cinismo próprio daqueles que aproveitam dos seus crimes para enriquecerem a custa dos incautos com o apoio do Crime Organizado.
Saem de cabeças erguidas e ainda “zoam” dos policiais que os prenderam. Daqueles agentes da lei que, muitas das vezes, colocam à vida em perigo e vêem o seus trabalhos jogados na ‘lama’ da impunidade, por conta de uma lei absurda, indecorosa e inepta. Lei esta, feita sob medida por políticos inescrupulosos, corruptos e que desprezam os votos recebidos dos cidadãos incautos, que se enganam e não reconhecem o valor do seu voto depositado nas “urnas” de quatro em quatro anos.
Se não houver mudanças, se as leis não forem mais sérias, corremos o risco de ficarmos trancafiados em casa como meso de sairmos às ruas. Vale ressaltar que isso já vem ocorrendo em algumas áreas da nossa capital, dominadas pelo tráfico. Alguns moradores de bem hoje são despejados das suas moradias por não compartilhar com a degradação impostas pelos bandidos. Suas filhas e filhos são, até mesmo de menor idade, adotadas à força por estes criminosos e obrigadas a seguir no crime.
É daí que a revolta do cidadão não consegue se sobrepor ao crime. Faltam-lhe proteção humana, apoio e leis mais severas. O pior de tudo, é que o nosso Congresso Nacional, só olha para o próprio “umbigo” e pensam com seriedade no povo que lá o colocou.
Está na hora do brasileiro deixar de ter como prioridade o voto majoritário, ou seja, de Presidente e Governadores, e escolher melhor os seus Senadores e Deputados Federais, já que são eles os responsáveis de legislar e aprovar projetos que realmente venham de encontro aos interesses da população.
Já passou da hora de agirmos de forma antagônica, parar com as paixões desvairadas, com ideologias de bordel e pensar na felicidade dos nossos filhos e netos, lutando por um Brasil mais justo e descente. Se não o fizermos com coragem e desprendimento, eles correrão o risco, num futuro próximo, a se submeterem a comer o resto daqueles que conseguem manipulá-los com as excrescências de uma imprensa paga e manipulada e c om o poder de barganha do poder público, que usa o nosso dinheiro em proveito próprio
Agindo assim, como bem diz a Bíblia, deixarão de ser “Guias Cegos! E param de engolir um camelo contra sua própria vontade.
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