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Motta pauta votação na surdina e ajuda a derrotar decreto do IOF que obrigava ricos a pagarem impostos

25 de junho de 2025

Trata-se simplesmente de um troco: não libera as emendas, derrubamos os decretos do IOF. E foi o que aconteceu. A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) uma proposta que derruba três decretos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Em derrota para o governo, o decreto foi derrubado pelo voto de 383 deputados. 98 votaram a favor do governo, ou seja, para manter o decreto.

O texto agora seguirá para votação no Senado. Se aprovado pelos senadores, a derrubada dos decretos vai enterrar uma série de dispositivos que elevam tarifas do IOF em operações de créditos, compra de moeda estrangeira, entre outras situações.

Incluída na pauta da Câmara no fim da noite de terça (24), a proposta foi aprovada em meio a um crescente descontentamento de alas do Congresso com decisões da equipe econômica de Fernando Haddad e com a demora na execução de emendas parlamentares.

Deputados e lideranças governistas acusaram o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), de não ter comunicado a mudança na agenda de votações e a escolha de um representante da oposição para a relatoria, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO).

O anúncio, classificado nos bastidores como uma “surpresa”, levou a uma série de reações públicas de ministros do governo Lula em defesa dos decretos.

Publicamente, Motta tem repetido que a análise dos decretos do IOF pela Câmara representa uma insatisfação do Congresso com reiterados aumentos de impostos.

O discurso do deputado foi ganhando corpo ao longo das últimas semanas, com pressões de alas da Casa e de setores afetados por mudanças anunciadas pelo Ministério da Fazenda

Ele, que, ao se reunir com Haddad para tratar sobre o IOF, classificou o encontro como “histórico”, passou a criticar publicamente o pacote de medidas sugerido pela Fazenda como alternativa à alta do IOF.

As falas foram repetidas a esmo em encontros com empresários, entrevistas e em publicações nas redes sociais. Em uma das oportunidades, o presidente da Câmara chegou a dizer que havia comunicado ao Planalto que as medidas teriam uma “reação muito ruim”.

Para parlamentares, além das pressões internas e do mercado, a mudança de tom de Motta e de deputados foi influenciada também por reveses relacionados a emendas parlamentares, como o atraso na liberação dos recursos e novas investidas do Supremo Tribunal Federal (STF).

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7 Comentários

  • Reply JOSE GILVAN HERCULANO DE ALMEIDA 25 de junho de 2025 at 20:48

    Spu contra ao aumento de impostos, mesmo que seja para os mais ricos pagarem, porque no final quem paga a conta n=somos nós da ;classe média.
    Essas pessoas geralmente são quem dominam o mercado e consequentemente com um aumento de impostos, eles se defedem repassando pra nós pobres mortais o que pagarem a amior.

    • Reply José 26 de junho de 2025 at 06:15

      Vc falou tudo. Qualquer imposto para rico, são repassados no automático para todos. Assisti os debates e como sempre o governo mente o tempo todo, com essa lorota de que é para os mais pobres, mas não reduz ministérios, não economiza com viagens, sempre sendo a maior comitiva entre as delegações. Parabéns aos deputados federais e senadores.

  • Reply Xico 25 de junho de 2025 at 21:36

    Boa Noite, esse deputado envergonhado nossa paraiba

  • Reply Tomy 25 de junho de 2025 at 21:46

    MOTTINHA, é um danado, cuidado com ele, jkkkk

  • Reply José Carlos 25 de junho de 2025 at 22:11

    O lixo se decompõe com o tempo.
    Parlamentar mequetrefe, traíra, típico dessa nova geração, portanto, sem novidades.
    Saudades de um Antônio Mariz!! Esse sim, tinha GABARITO.

  • Reply PAULO GUERRA 26 de junho de 2025 at 09:57

    Deputado Hugo Motta não tem tamanho para exercer o cargo de presidente da Camara dos deputados.
    Não tem cacife para aguentar pressão nem dos deputados do baixo clero. O melhor caminho seria a renuncia ao cargo de presidente da camara.

  • Reply Arnaldo G Oliveira 26 de junho de 2025 at 12:29

    Impressionante acreditar que os ricos não devem pagar imposto porque poderiam repassar os seus custos para os pobres. Pense numa teoria “brilhante”! Acho que Mota pensa igual.

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