Miguezim de Princesa
I
No Morro do Alemão,
A carne virou paçoca:
Mais de 60 morreram,
Outros sumiram na loca,
Fizeram um panavueiro,
Mas ninguém pegou o Doca.
II
O líder da facção
Se escondeu numa maloca,
Um soldado achou que viu,
Porém não saiu da toca,
Saíram matando os outros,
Mas ninguém pegou o Doca.
III
Prenderam um paraibano
Que veio de Itapipoca,
Sobrinho de Mané da Jega,
Neto de Dona Maroca,
Meteram bala em Toim,
Mas ninguém prendeu o Doca.
IV
Doca é um cofre ambulante,
Já fez muito troca-troca.
Se é Doca do Olhão,
Vê tudo de sua maloca,
Passam perto e não encostam,
Por isso não prendem Doca.
V
Porém se Doca for preso,
Outro vem e mete a broca:
Enquanto existir quem cheire
Do nariz até a piroca,
Nunca vai faltar quem venda
No mesmo lugar de Doca.




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