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O deputado Alexandre Ramagem durante reunião da CCJ da Câmara nesta quarta (7) — Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
O pedido foi apresentado ao ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado responsável por analisar o inquérito sobre a trama golpista. Moraes solicitou a realização de uma sessão virtual com prazo de 24 horas.
A suspensão do processo penal foi aprovada pelos deputados nesta quarta-feira (7) por 315 votos a favor e 143 contrários. Instantes depois, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou um ofício ao STF comunicando a decisão da Casa.
A decisão dos deputados contrariou um ofício da Primeira Turma do STF enviado à Câmara em abril, o qual afirma que o processo não pode ser suspendido como um todo pela Casa, mas apenas os crimes cometidos após a diplomação de Ramagem como deputado, o que ocorreu em dezembro de 2022.
Para o STF, portanto, poderiam ser paralisadas apenas as análises de dois dos cinco crimes pelos quais Ramagem responde:
- dano qualificado (com violência, com grave ameaça, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima);
- e deterioração de patrimônio tombado.
Se o entendimento do STF prevalecer, mesmo com a suspensão aprovada pela Câmara, o deputado responderá por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, crimes que estariam em curso antes da diplomação de Ramagem.
Em resumo:
- O PL, em requerimento à Câmara, defendeu paralisar todo o processo do golpe de Estado contra Alexandre Ramagem até o fim do mandato, em 2026;
- O STF, questionado pelo PT, afirmou que as regras só permitem uma paralisação parcial – de dois dos cinco crimes listados;
- A Câmara, a partir do relatório do deputado Alfredo Gaspar (União-AL), não só ignorou o alerta do STF, como abriu brecha para estender a suspensão aos demais réus do ‘núcleo crucial’ do golpe, inclusive Jair Bolsonaro;
- Juristas e parlamentares afirmam que decisões do STF já deixaram claro que não há possibilidade de estender o trancamento;
- A Câmara comunicou ao STF a decisão dos deputados e o ministro Alexandre de Moraes pediu a realização de uma sessão virtual para decidir sobre o andamento do processo penal.
1 Comentário
A câmara quer substituir o executivo e o judiciário, eles querem mandar no orçamento, resumindo, esse negócio de federação é isso, o congresso é uma casa falida, hipócrita e demagoga!!