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O peido que Mané deu no calor de Brasília

27 de janeiro de 2025

Miguezim de Princesa

I
O velho Mané Raimundo,
Na Feira dos Importados,
Soltou um peido tão grande
Que se sentiu abalado,
Ainda mais com o calor,
Que deixou tudo abafado.

II
Mané estava sentado
Voltado para o poente
Quando sentiu o mormaço
Subindo nas pernas, quente
O peido descontrolado
Foi alto e assustou gente.

III
Chamaram até o tenente:
“É tiro de facção!
Se não for do PCC,
É do Comboio do Cão”.
E o cheio de pólvora seca
Se espalhou na multidão.

IV
Mané, nessa ocasião,
O tumulto percebeu:
“E agora o que eu faço,
O povo mangando  d’eu”?
No meio do sururu
Meio quilo de angu
Do entreperna desceu.

V
A feira toda parou
Com o fuzuê e a zoada,
Mané, todo envergonhado,
Já corria na disparada,
Escorregou no angu
E desabou na calçada.

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1 Comentário

  • Reply Oscar 27 de janeiro de 2025 at 22:35

    Miguezim, por falar em peido, devo dizer com toda confiança e conhecimento de causa que velho quando tosse, peida. Velho quando espirra, peida. Velho quando mija, peida. Enfim, velho peida até sem querer peidar.

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