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O povo preferiu um tal de Alok

13 de junho de 2025

Foto Google

Daqui de casa dá para ouvir a zoada da festa, pra dormir vou ter que calibrar no copo, pense num fuá!

O pior é que não é o ritmo a que estava acostumado. É um baticum estranho, um instrumento  tocando  sei lá o que, o batuque de uma bateria acompanhando o ritmo e de vez em quando um locutor irradiando alguma coisa que daqui não dá para identificar o que é.

Voltei ao São João dos meus antigamente, da sanfona, da zabumba, do triângulo e do pandeiro. Era mais musical, tinha cheiro da terra, o eletrônico passava longe, ouvia-se a voz gasguita de João Caiti dando poesia aos acordes de Mané Tocador e o sopro mágico de Chico Costa no clarinete completava a melodia.

E a turma dançava o miudinho descansando no cangote da morena, sem se incomodar com o tutano de poeira que levantava da terra a caminho do céu.

Mais tarde vinha a quadrilha, alevantu, anarrié, adiante uma, adiante duas, olha o túnel!

A festa só terminava com o raiar do dia, o final vinha com um sabor de saudade e um gosto de quero mais.

Agora não tem mais isso, o povo preferiu um  tal de Alok.

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1 Comentário

  • Reply José Carlos 13 de junho de 2025 at 23:27

    Coitada da pacata cidade de Bananeiras, antes ar puro, sossego, trânsito tranquilo, plena civilidade…após os ditos condomínios, só vieram as porcarias, estão acabando com a natureza, até o São João, destruíram….tudo por ostentação. Triste fim de uma cidade.

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