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Porque hoje é sábado

18 de outubro de 2025

1 – A Prefeitura precisa olhar com mais carinho para os mercados públicos. Estão descuidados, sujos, fedidos. O da Torre faz vergonha, passei por lá esta semana e constatei o abandono. E o do Bairro dos Estados então nem se fala, se acabou e esqueceram de enterrar. Fica a dica.

2 – Já que a palavra da moda é recuperação do centro histórico, que tal devolver aos antigos endereços repartições como Prefeitura Municipal, Comando da PM, Superintendência da Caixa Econômica, Correios e Telégrafos, etc etc?

3 – E seguir o exemplo da Câmara Municipal, que vai ganhar sede nova sem sair do endereço antigo? Isso mesmo, a Câmara não vai fugir para o Altiplano do Cabo Branco como fugirá a OAB, prestigiar o antigo é desse jeito, dando exemplo.

4 – Seria lindo ver de novo, de portas abertas e chamando a freguesia, as lojas Le Mans de Geraldo Gomes, a Gran Pires de finado Adrião e dona Creusa, as Nações Unidas, a Padre Zé de Josélio, a Cherry Calçados, a lanchonete de Zezinho do Botafogo, o  restaurante 2113 de Evilásio de Andrade, a sede central do Cabo Branco, a Livraria do Bartolomeu, o Hotel Aurora, as Casas Pernambucanas de Gilda Almeida, o escritório de Roberto de Luna Freire, o Café São Braz, a Dia e Noite, a Lobras, o Armazem Triunfo, na Barão do Triunfo a Rádio Correio de volta ao berço primeiro…

5 – E se não fosse pedir muito, a volta dos cabarés de Hosana, de Irene, sem esquecer os chapchaps no entorno do Teatro Santa Roza, que foi recuperado, pintado, está tinindo de novo, a única coisa com vida entre os escombros em que se transformou a parte antiga da cidade.

6 – Claro, a Festa das Neves teria que voltar à General Osório, de onde nunca deveria ter saído, a festa e a bagaceira porque uma não tem graça sem a outra. A Bagaceira com a barraca da Nêga Zilda oferecendo buchada e sarapatel e o mijadouro ao ar livre da Ladeira da Borborema, aquela eternizada pelos versos de Mané Caixa D`água “Ladeira da Borborema/és mais alta do que eu/mas eu posso subir em tu e tu num pode subir neu”.

7 – Eu arriscaria, se poder tivesse, retornar a Estação Rodoviária ao lugar de origem. Onde está é bem pior, onde era ficava mais fácil o acesso e a vida seria outra no derredor. 

8 – Tudo isso seria possível, é possível, basta querer, ter boa vontade, não falar apenas da boca pra fora. Porque desde que me entendo de gente escuto autoridades anunciando a recuperação do centro histórico e o centro histórico se afundando, se indo, se acabando.

9 – Por que não reabrir o restaurante da API, devolver o espaço dos jornalistas, mesmo sem Moura vivo, mas com  a lembrança dele enfeitando o ambiente? Como está hoje é que não tem graça, um restaurante meia boca entregue a um particular em troca de míseros trocados a título de aluguel.

10 – E os herdeiros de Luciano Wanderley prestariam significativa homenagem ao grande empresário reabrindo o Plaza, o Municipal, o Rex e o Brasil, para ficar somente nos mais destacados que levavam multidões aos seus salões em épocas não tão distantes.

11 – E agora lá se vão meus abraços sabadais para Antônio Costa, Júlio Santana, os irmãos Barroso Pontes, Carlão da Cachaçaria, Luiz da Livraria, Nau dos Anjos, Mouzinho do Paraiban, João Aurélio, Cardivando de Oliveira, Josinato Gomes, Durval Lira, Pedro Marinho, Camilo Macedo, Manoelito Freire, Antônio Malvino, Maurilio Batista, Teócrito Leal, Fernando Valaque, José Cabral, Fernandinho Milanez e Norman Lopes.

12 – Chico Pinto conseguira com o Capelão Eurivaldo Tavares uma ordem para comer de graça no rancho da Polícia Militar, ali na Praça Pedro Américo. Era repórter iniciante, universitário de Direito da UFPB na maior pindaíba e o rancho da PM o fez tirar a barriga da miséria. Começou a engordar e o novo aspecto despertou a curiosidade do colega Armando Nóbrega, que de tanto insistir ficou sabendo da novidade e pediu para Chico facilitar o seu acesso também. 

Chico foi ao capelão, pediu, implorou e terminou conseguindo a vaga para o amigo, que, agradecido, perguntou ao santo homem:

  • Senhor Capelão, quando é que o senhor vai virar papa?

Foi expulso da sala e levou de roldão o amigo Chico. Os dois ficaram sem a boia e ainda ouviram o capelão recomendar ao comandante da guarda:

  • Se os dois aparecerem por aqui, prenda.

 

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