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Quarentena

4 de dezembro de 2025

Desde quinta me encontro no estaleiro, ou seja, há oito dias engolindo antibióticos e outros medicamentos passados pelo médico para debelar uma tal de virose que teima em não ir embora.

Eu e a patroa aqui de casa, ambos os dois doentes do mesmo mal, só que o dela teve o acréscimo de um cidadão de nome vírus, o que torna sua situação mais complicada e de solução demorada.

Absoluto estado de sítio, relembrei a quarentena da pandemia. um ano e sete meses trancado em Bananeiras, sem ver filhos, netos, irmãos e amigos. Agora está do mesmo jeito, não me proibiram de sair mas não sentiria à vontade dentro de um restaurante, por exemplo, cercado de gente comendo e eu tossindo, assoando o nariz e peidando.

O jeito é ficar em casa, eu e a velha, a velha e eu, aguardando a chuva passar para sair à rua e anunciar que, entre mortos e feridos, escapamos todos.

Tinha até um programa para esta noite, o lançamento do livro de Glauce Burity sobre seu marido, o ex-governador Tarcisio Burity. Faltei pelos motivos expostos. E fiquei sabendo das ausências de outros colegas pelos mesmos motivos. Um deles apareceu vazando pelo pito, outro fechou a garganta, não engole nem água e o mais choroso de todos, cujo nome escondo em homenagem à nossa cumplicidade, está revoltadíssimo por causa do antibiótico que lhe proíbe, ao menos nesse final de semana, o acesso ao Bar do João.

Vida que segue, dirão. Tomara que siga mesmo. O mundo anda tão morredor que não temos mais certeza de nada.

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1 Comentário

  • Reply Edmundo dos Santos Costa 5 de dezembro de 2025 at 08:02

    DESJO LOGO MELHORAS
    AO IMPOLUTO CASAL.
    QUE RECUPEREM A SAÚDE,
    RETORNADO AO NORMAL
    E TIÃO VOLTAR A PEIDAR
    PUBLICAMENTE, NA GERAL.

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