Desde quinta me encontro no estaleiro, ou seja, há oito dias engolindo antibióticos e outros medicamentos passados pelo médico para debelar uma tal de virose que teima em não ir embora.
Eu e a patroa aqui de casa, ambos os dois doentes do mesmo mal, só que o dela teve o acréscimo de um cidadão de nome vírus, o que torna sua situação mais complicada e de solução demorada.
Absoluto estado de sítio, relembrei a quarentena da pandemia. um ano e sete meses trancado em Bananeiras, sem ver filhos, netos, irmãos e amigos. Agora está do mesmo jeito, não me proibiram de sair mas não sentiria à vontade dentro de um restaurante, por exemplo, cercado de gente comendo e eu tossindo, assoando o nariz e peidando.
O jeito é ficar em casa, eu e a velha, a velha e eu, aguardando a chuva passar para sair à rua e anunciar que, entre mortos e feridos, escapamos todos.
Tinha até um programa para esta noite, o lançamento do livro de Glauce Burity sobre seu marido, o ex-governador Tarcisio Burity. Faltei pelos motivos expostos. E fiquei sabendo das ausências de outros colegas pelos mesmos motivos. Um deles apareceu vazando pelo pito, outro fechou a garganta, não engole nem água e o mais choroso de todos, cujo nome escondo em homenagem à nossa cumplicidade, está revoltadíssimo por causa do antibiótico que lhe proíbe, ao menos nesse final de semana, o acesso ao Bar do João.
Vida que segue, dirão. Tomara que siga mesmo. O mundo anda tão morredor que não temos mais certeza de nada.




1 Comentário
DESJO LOGO MELHORAS
AO IMPOLUTO CASAL.
QUE RECUPEREM A SAÚDE,
RETORNADO AO NORMAL
E TIÃO VOLTAR A PEIDAR
PUBLICAMENTE, NA GERAL.