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Só tinha uma meia dúzia de gatos pingados acompanhando o caixão de Vaqueirinho

1 de dezembro de 2025

Foto Jornal da Paraíba

A morte de Vaqueirinho mostrou comoção, mas mostrou coisa muito mais séria: a realidade da saúde pública da cidade de João Pessoa e do Estado como um todo.

O rapaz tinha uma sentença judicial determinando o seu internamento e isso não se cumpriu, pasmem, porque falta em João Pessoa uma casa de acolhimento para pessoas com distúrbios mentais.

Vi pela TV Cabo Branco a prima do Vaqueirinho dizer que a família era e é desajustada e que ela tem uma filha de oito anos autista. Essa menina espera por um tratamento especializado desde que nasceu .

Vaqueirinho morreu porque queria cuidar de leões. Sem chances de ir à África, como era o seu sonho, foi à Bica. Pulou o muro, entrou na casa da leoa e foi devorado. E o administrador disse na TV que não atirou o dardo no animal porque, mesmo atingida pela droga, a leoa passaria dez minutos para adormecer. Que ficasse um dia inteiro de olho grelado, não interessa, o importante era agir e não se omitir.

Quanto a comoção causada, ela, ao que parece, foi só para preencher espaços nas redes sociais. A TV mostrou o enterro de Vaqueirinho no cemitério do Cristo. Só tinha uma meia dúzia de gatos pingados acompanhando o caixão.

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