Miguel Lucena
“Aqui tudo mudou, tudo está mudado. Aqui tudo pirou, tá tudo americanizado.”
(Genival Lacerda)
No gramado da praça, estendem uma imensa bandeira norte-americana sobre a cabeça, como se fosse a proteção divina dos “patriotas” tropicais. E lá vão eles, marchando debaixo das estrelas e listras, cantando o hino brasileiro, mas olhando para o céu de outro país.
A cena é tão contraditória que parece piada pronta: dizem lutar pelo verde-amarelo, mas se abrigam no vermelho-azul. É o patriotismo importado, embalado no estilo fast-food, onde a pátria vira combo e a bandeira nacional, guardanapo esquecido.
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