opinião

As primeiras do dia

1 de outubro de 2019

  • Em entrevista à Rádio Cultura, nesta segunda-feira, o deputado Adriano Galdino, presidente da Assembléia Legislativa, anunciou  que o candidato do governador João Azevedo a prefeito de Guarabira, ano que vem, será Antonio Teotonio, do PDT de Ligia e Damião Feliciano.

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A notícia causou impacto na cidade porque já existe um pré candidato anunciado como sendo apoiado pelo governador e que atende pelo nome de Célio Alves, secretário do Orçamento Democrático.

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A não ser que Célio tenha desistido.

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Severino Maroja, morto ontem aos 82 anos, foi o adversario mais forte de Marcus Odilon em Santa Rita.

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E foi, sem sombra de dúvidas, um grande prefeito.

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E o asfalto entre a BR 230 e Bananeiras está um colosso. É buraco a se perder de vista. Quem não dirigir com atenção, afunda.

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Quem ocupa cargo comissionado no Governo do Estado está sendo aconselhado a se desfiliar do PSB, informa Wellington Farias na sua coluna no PB Agora.

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Adriano Galdino acusou Gervásio Maia de leva e trás. Segundo ele, Gervásio queria cargos no Governo e, como não conseguiu, jogou Ricardo contra João.

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Gervásio respondeu: “Não posso ser responsável por nenhuma crise de quem quer que seja pois isso não faz parte da minha história. A ingratidão é algo tão terrível que parece corroer a alma de quem a exerce. Na minha vida, os que me conhecem sabem do meu perfil e caráter. Jamais se encontrará na minha trajetória de vida a desonestidade ou covardia. Jamais fui contra minhas crenças, minhas convicções, nem abandonei meus amigos, principalmente, em horas difíceis.

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Já dizia Burity: “O único governador brasileiro que não brigou com o antecessor foi Tomé de Souza, por ter sido o primeiro.”

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Inté.

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3 Comentários

  • Reply Mercia de Fatima 1 de outubro de 2019 at 06:57

    Quem diria em? que João ganharia um presente tão valioso e iria bagunçar as coisas desse jeito. Quem perde é a Paraiba que se vê na iminencia de gente que não faz nada bem ao nosso estado voltar. E os bezerros desmamados continuam se aproximando. Que ódio.

  • Reply Zeca Brown 1 de outubro de 2019 at 10:23

    Deu em quê esse muído entre Ricardo e João?

  • Reply Lumière 1 de outubro de 2019 at 11:51

    DO LIVRO DO EX-PROCURADOR RODRIGO JANOT, “NADA MENOS DO QUE TUDO”

    CAPÍTULO 15:

    O Objeto do Desejo chamado Lula

    Por Rodrigo Janot

    No intervalo entre as superlativas delações dos executivos da Odebrecht e da J&F, quando os resultados da Lava Jato já eram evidentes, tivemos um forte embate com a força-tarefa de Curitiba. O choque não foi tão estridente quanto o quiproquó descrito na primeira parte deste livro, quando o impasse quase levou à renúncia coletiva deles e à minha, ou seja, ao presumível fim de uma nascente Lava Jato. Dessa vez não houve ameaças veladas, nem contorções verbais, mas o debate foi tenso. As divergências se deram no curso do processo do triplex, que levou à condenação do ex-presidente Lula e, depois, à exclusão de sua candidatura nas eleições presidenciais de 2018.

    Em setembro de 2016, pouco depois de denunciar Lula, a quem classificou de chefe de organização criminosa, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Deltan Dallagnol pediu uma reunião comigo, em Brasília. Vieram ele e outros procuradores da força-tarefa, entre eles Januário Paludo, Roberson Pozzobon, Antônio Carlos Welter e Júlio Carlos Motta Noronha. Quando entraram na minha sala, eu disse para mim mesmo: Lá vem problema. Toda vez que vinham em grupo, e não um ou dois, era indicativo de algo grave. Daquela vez não foi diferente. Dallagnol e os demais colegas tinham vindo cobrar uma inversão da minha pauta de trabalho.

    Eles queriam que eu denunciasse imediatamente o ex-presidente Lula por organização criminosa, nem que para isso tivesse que deixar em segundo plano outras denúncias em estágio mais avançado. Naquele momento, eu tinha quatro denúncias para formular: duas contra o PMDB (uma da Câmara, outra do Senado), uma contra o PT e outra contra o PP. Pelo nosso cronograma, faríamos as denúncias na seguinte ordem: primeiro a do PP, depois a do PMDB da Câmara, em seguida a do PT e, por último, a do PMDB do Senado. O critério era muito simples. Faríamos as acusações formais de acordo com o avanço das investigações. Como a do PP e a do PMDB da Câmara estavam mais adiantadas, elas dariam origem às duas primeiras denúncias. As outras duas, contra o PT e contra o PMDB do Senado, viriam depois.

    “Precisamos que você inverta a ordem das denúncias e coloque a do PT primeiro”, disse Dallagnol, logo no início da reunião.

    Ele já tinha feito uma sondagem sobre essa possibilidade de inversão de pauta numa conversa por telefone com um dos integrantes da minha equipe, e agora reafirmava o pedido pessoalmente.

    “Não, eu não vou inverter. Vou seguir o meu critério. A que estiver mais evoluída vai na frente. Não tem razão para eu mudar essa ordem. Por que eu deveria fazer isso?” , respondi.

    Paludo disse, então, que eu teria que denunciar o PT e Lula logo, porque, se não fosse assim, a denúncia apresentada por eles contra o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ficaria descoberta. Pela lei, a acusação por lavagem depende de um crime antecedente, no caso, organização criminosa. Ou seja, eu teria que acusar o ex-presidente e outros políticos do PT com foro no Supremo Tribunal Federal em Brasília para dar lastro à denúncia apresentada por eles ao juiz Sergio Moro em Curitiba. Isso era o que daria a base jurídica para o crime de lavagem imputado a Lula.

    “Sem a sua denúncia, a gente perde o crime por lavagem”, disse o procurador.

    O problema era delicado. Na fase inicial das investigações sobre Lula e o triplex, eu pedira ao ministro Teori Zavascki o compartilhamento dos documentos obtidos no nosso inquérito sobre organização criminosa relacionada ao PT com a força-tarefa. Eles haviam me pedido para ter acesso ao material e eu prontamente atendera. Na decisão, o ministro deixara bem claro que eles poderiam usar os documentos, mas não poderiam tratar de organização criminosa, porque o caso já era alvo de um inquérito no STF, o qual tinha como relator o próprio Teori Zavascki e cujas investigações eram conduzidas por mim.

    Ora, e o que Dallagnol fez? Sem qualquer consulta prévia a mim ou à minha equipe, acusou Lula de lavar dinheiro desviado de uma organização criminosa por ele chefiada. Lula era o “grande general”, o “comandante máximo da organização criminosa”, como o procurador dizia na entrevista coletiva convocada para explicar, diante de um PowerPoint, a denúncia contra o ex-presidente. No PowerPoint, tudo convergia para Lula, que seria chefe de uma organização criminosa formada por deputados, senadores e outros políticos com foro no STF.

    “Se você não fizer a denúncia, a gente perde a lavagem”, reforçou Dallagnol, logo depois da fala de Paludo.

    “Eu não vou fazer isso!”, repeti.

    “Você está querendo interferir no nosso trabalho!”, exclamou Dallagnol, aparentemente irritado.

    “Eu não quero interferir no trabalho de vocês. Ao que parece, vocês é que querem interferir no meu. Quando houve o compartilhamento da prova, o ministro Teori excluiu expressamente a possibilidade de vocês investigarem e denunciarem o Lula por crime de organização criminosa, que seguia no Supremo. E vocês fizeram isso. Vocês desobedeceram à ordem do ministro e colocaram como crime precedente organização criminosa. Eu não tenho o que fazer com isso”, eu disse.

    Eu estava bastante chateado com as pressões, diretas ou veladas, de Curitiba sobre nosso trabalho e, naquele momento, era hora de botar os pingos nos is. Enquanto falava, eu exibia uma cópia da decisão do ministro, a mesma decisão que já tinha sido encaminhada a eles no compartilhamento de provas.

    “Não, Deltan, ele não está querendo interferir no nosso trabalho, como nunca interferiu”, tentou contemporizar Pozzobon.

    “Mas, se não for assim, nós vamos perder a denúncia”, insistiu Paludo.

    “O problema não é meu. O problema é de vocês. Vocês fizeram isso sem me consultar, sem obedecer à determinação do ministro Teori. E agora sou eu que tenho que resolver o problema de vocês? Não faço isso de forma alguma!”, eu disse.

    Sem clima, a reunião foi encerrada, e eles voltaram para Curitiba.

    E eu segui com o meu trabalho. Fiz as denúncias conforme os critérios estabelecidos inicialmente, embora a ordem das acusações tenha sofrido uma ligeira alteração. Em 1º de setembro de 2017, denunciamos o quadrilhão do PP. Quatro dias depois, fizemos uma denúncia por organização criminosa contra Lula e outros do PT, ou seja, quase um ano após a denúncia da força-tarefa de Curitiba. Em 8 e 14 de setembro, protocolizamos as denúncias contra o PMDB do Senado e da Câmara. A troca da ordem, uma diferença de poucos dias, se deveu tão somente ao andamento natural das investigações.

    Em suma, eu não poderia corrigir uma falha de Curitiba colocando em risco meu trabalho e, mais do que isso, quebrando a máxima de nunca tomar qualquer decisão que não fosse amparada na regra geral, técnica e impessoal.

    “Faça a coisa certa!”, costumava dizer Douglas Fischer, o primeiro coordenador do grupo de trabalho da Lava Jato.

    “Faça a coisa certa, e tudo que vier depois será certo, mesmo que o resultado não seja do seu agrado. Faça sempre a coisa certa, e tudo estará certo”, eu diria agora. A objetividade do “sarrafo”, ou seja, das regras do jogo, é um poderoso antídoto contra a acusação de seletividade nas investigações.

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