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24 de junho de 2018

Marcos Pires

 

Num caso de defloramento ocorrido em Minas Gerais, o Juiz perguntou à testemunha, que era pessoa simples: “- O senhor viu a hora em que o acusado penetrou o órgão na vítima? ” A testemunha olhou para o Juiz sem entender bem, e respondeu: “-Doutor, este tar de orgo eu não vi não, mas uma tamanha clarineta ele penetrou sim! ”.

Em uma das Juntas de Conciliação e Julgamento de Salvador, o Advogado da parte contrária contraditou uma testemunha sob o fundamento de que a mesma tinha um caso com o reclamante. A Juíza então perguntou à testemunha se era verdade. Esta se indignou e respondeu ofendidíssima:

“- Doutora, eu nunca tive um caso com esse homem; eu apenas tive um filho com ele. ”

Porém de tudo que eu já vi no mundo jurídico nesses meus 35 anos de advocacia, nada se compara a essa petição transcrita ipsis litteris (não se espantem com a narrativa, por favor):

“Excelentíssimo Senhor, Doutor Juiz de Direito e Presidente da 1a Junta de Conciliação e Julgamento desta capital;

Fulano de tal, já devidamente qualificado nos conformes com notificação em anexo, em uma reclamatória que fizera outrora em causa própria quando era estudante ainda, vem por meio desta dizer:

Primeiro –

Que trata-se de uma reclamatória feito em causa própria, quando este era estudante ainda;

Segundo –

Que naquela era vivia, ou seja, morava em pensão ou república, e com isso vivia sempre mudando (algo já dito anteriormente) e neste ínterim sumiu o processo;

Terceiro –

Que certa vez tinha um automóvel Opala; no porta mala guardei uma mala vermelha e a mesma sumiu com shorts de banho, book e outras coisas mais, e até hoje não o encontrei;

Quarto –

Que outra vez morava em uma república, e ali morava um japonês, o mesmo não funcionava bem da cabeça, e deu sumiço a objetos nossos.

Diante do exposto, reitero mais uma vez; não sei onde foi tal processo, Sua Excelência. Será que estava dentro da mala que sumiu do guarda mala? Será que o tal japonês sumiu com ele? E além do mais, era em causa própria. Logo, tenho dado busca e não encontrei; por favor não sei.

Nos termos acima pede para dar como extinto e acabado tal assunto.
(Assinatura ilegível)” .

O Juiz atendeu o pedido.

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