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A chapuletada do dia

13 de julho de 2023

“Nós derrotamos o bolsonarismo”, gritou a plenos pulmões o ministro Barroso diante de estudantes de enfermagem que o vaiavam no Congresso da Une. O STF divulgou nota explicando que  a fala do ministro “referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”. Mas soou estranho do mesmo jeito. Até então eu pensava que o Supremo não considerava um lado político bom e o outro ruim. Agora não sei o que pensar.

Convém ressaltar que não foram os estudantes que vaiaram o ministro. A vaia partiu de um grupo de alunos de enfermagem ainda ressentidos com a recente decisão de Barroso contra o pagamento do piso da categoria. Houve vaia sim, mas houve aplausos.

Pedir o impeachment do ministro, como querem deputados bolsonaristas, é mais golpe de mídia do que desejo de verdade. O ministro é eleitor e tem lado. Fez feio com esse discurso de derrota do bolsonarismo, como já tinha feito anteriormente ao responder com um “perdeu Mané” a um militante de Bolsonaro que o aborreceu no exterior, mas por isso se chegar ao extremo de demiti-lo pelo impeachment é um pouco demais.

O ministro derrapou. Hão de dizer que ele é humano, feito de carne e que toda carne é fraca. Discordo. Um ministro do Supremo não tem o direito de fraquejar. Sua carne deve ser tão forte quanto carne de pescoço. E ser apontado pela parte contrariada como um magistrado que julga pela simpatia ou pela opção partidária é uma pecha ruim, que pega e não larga mais.

Moro está aí para não me deixar mentir.

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1 Comentário

  • Reply Airton Calado- Campina Grande 13 de julho de 2023 at 18:14

    Eu entendi o que ministro disse e aplaudo, parabéns Barroso, derrotamos essa extrema direita que só queria golpe, e o Bolsonaro faz parte disso, não sei porquê essa gritaria toda

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