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A ROUPA DE BOLSONARO

26 de dezembro de 2018


Miguel Lucena*
Gerou polêmica um comentário que fiz nas redes sociais sobre a impropriedade de o presidente eleito Jair Bolsonaro participar de um ato de troca de insígnias na Marinha trajando bermuda e camiseta.
Os que deram razão a Bolsonaro disseram que ele estava de férias e participou do ato por acaso, a pedido dos oficiais, estes vestidos impecavelmente, com as fardas engomadas, da cor de um cisne branco.
Alguns partiram para o argumento de que a roupa não forma o caráter de um homem, como se eu tivesse afirmado algo nesse sentido. Outros me ofenderam, dizendo que a minha opinião não era relevante.
Eu votei em Bolsonaro, mas não sou idiota de concordar com tudo o que ele faz, aliás, discordo de várias coisas e votei por apostar em um novo projeto liberal-conservador que restitua a ordem e reduza a corrupção do Estado, permitindo que sobrem recursos para as áreas essenciais, propicie o desenvolvimento com geração de emprego e renda, devolva ao povo o orgulho de pertencer a uma Nação.
Quem defende um ídolo cegamente, sem admitir nenhuma crítica, seja de direita ou de esquerda, alimenta a ignorância e a estupidez. Um espírito livre jamais abrirá mão do direito de se expressar de acordo com sua consciência.
Existem convenções na sociedade que precisam ser obedecidas. Imagine se Bolsonaro estivesse de sunga na praia no momento da troca das insígnias, que vexame!
Gestos populistas também não me atraem. Nas Forças Armadas, oficiais não lavam roupa, não fazem nem servem comida, assim como não usam calção comprado na feira.
*Miguel Lucena é Delegado de Polícia Civil do DF, jornalista e escritor.

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8 Comentários

  • Reply Aldo 26 de dezembro de 2018 at 17:43

    Não acredito que um ex-militar indisciplinado, político profissional do baixo clero, que fez fortuna, junto com os filhos, na política e que já deu inúmeros exemplos de despreparo e ignorância, tenha projetos para melhorar esse país.
    Na verdade, ele não é exemplo de nada.

  • Reply José 26 de dezembro de 2018 at 18:02

    Em parte concordo com o Delegado Miguel Lucena, no entanto, essa cerimônia era apenas “simbólica”, então, uma solenidade informal. Oficiais lavam sim roupa, inclusive até as calcinhas das esposas e amantes, com os atuais salários, usam até calção de 1,99.

  • Reply Carlos 26 de dezembro de 2018 at 19:02

    Só não consigo entender o que é um projeto liberal-conservador que seria atribuído ao coiso. Ele não tem projeto algum, nunca teve. As pessoas acreditam em cada charlatão, sinceramente, se aproveitam das pessoas incautas, da mesma forma que esses espertalhões curandeiros fazem para enricar e enfiam a mandioca de troco.

  • Reply Frederico 26 de dezembro de 2018 at 19:05

    Me chamou atenção esse bucho de égua dele.

  • Reply Paulo Thadeu 26 de dezembro de 2018 at 19:52

    Triste a Marinha do Brasil em aceitar tal humilhação.

  • Reply Zé Bedeu 26 de dezembro de 2018 at 22:59

    O que me deixou decepcionado foi saber que o inoxidável Miguel votou em Bolsonaro.

  • Reply Fred 27 de dezembro de 2018 at 01:42

    Na verdade, Bolsonaro está bem orientado quanto as táticas de marketing, o problema é que ele não está sabendo dosar, ficando cada vez mais ridículo. Lembro que li num livro de história que o General Castelo Branco frequentava os estádios de futebol com “raidinho” de pilha no ouvido, pra posar de simples e bonachão. Mal sabia o povo que o mesmo se tratava de um maníaco, sedento pelo poder, corrupto e violento. Por isso é bom dar estudo e tirar o povo da ignorância. Você não cai na armadilha que funcionou no passado. Lembro que o Gal. Médice adotou a própria neta como filha a fim de que a mesma recebesse pensão militar-vagabundagem. Essa turma aprontou muito. O mito nem começou a governar e seus eleitores já começaram a ficar sem discurso!! Nem Efraim tinha tanto servidor fantasma quanto Bolsonaro e seu filho.

    • Reply Sebastião 27 de dezembro de 2018 at 02:28

      Não era Castelo e sim Garrastazu

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