opinião

As aventuras dos heróicos vereadores de Santa Rita pelos pampas do Rio Grande

18 de novembro de 2019

Quanta injustiça, meu Deus, estão cometendo com os vereadores de Santa Rita! Os coitados se sacrificaram, abandonaram suas casas, se danaram para o distante Gramado na ânsia de aprender como bem administrar as coisas do seu municipio e, como paga, recebem a cela úmida da cadeia.

Dizer que havia um curso similar, administrado pela mesma empresa, aqui pertinho no Nordeste, não justifica a acusação. Como sabemos, Santa Rita é uma cidade de baixa temperatura. Tem água mineral por todos os lados e o frio é o companheiro inseparável de todos que moram lá. Então o curso tinha que ser o de Gramado mesmo, porque os vereadores têm pressão alta e no calor nordestino onde havia a segunda opção de curso eles poderiam sofrer uma bilôla de graves consequências.

A imagem do vereador dormindo durante o curso também é perdoável. O coitado foi vítima do fuso horário. Não venham dizer que ele cochilava por ter passado a noite no vinho e na cerveja artesanal, porque isso não procede. Ele, segundo eu soube, é abstêmio e só bebe água potável.

Eu até sugiro a Suiça como o palco do próximo curso. Lá tem frio, tem queijo e, se isso não bastasse, o nome do curso não será tão complicado como o do curso de Gramado, de modo que nenhum vereador vai fazer como aquele do grupo que, ao ser perguntado qual a denominação do curso ministrado na serra gaúcha, coçou o cocoruto, tirou umas catôta, fez bolinha, pensou, pensou e, depois de muito pensar, soltou esta maravilhosa pérola:

-É uma palavrazinha que agora eu esqueço o nome”.

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