A chuva deu uma trégua, trégua pequena, mas serve. Dá pra tirar a catinga de mofo do guarda-roupa e abrir a janela para sentir o cheiro da rua. E isso já é alguma coisa.
Ela vai voltar, dizem os entendidos. O moço da Globo garante que o tirinete não vai mudar até domingo. Pode até haver pausa, como essa de hoje, mas vai chover de novo.
Essa chuva longa serviu para mostrar coisas que considerávamos enterradas no passado.
Como aquela barreira que sai do Castelo Branco e despenca na BR 230
Pois não é que ela caiu de novo!
E eu pensando que já tinham dado um jeito, arrumado uma maneira da terra não rolar, não cair ladeira abaixo em cima de gente e de carros.
Outra visão do passado que ressurgiu foi o alagado que separa Mangabeira de Valentina.
Hoje até caminhoneta deu o prego.
E um caminhão quase não atravessa.
Faltaram as carrocinhas de burro usadas no passado para atravessar as pessoas.
Surgiu, porém, o achador de placas de carro. Sorridente, vitorioso, ele, o achador, exibiu mais de 20 placas que ele estava disposto a devolver mediante um adjutório que usaria, como disse, para botar comida no bucho dos nove filhos.
A nota triste foi a queda da árvore no caminho de Bananeiras. O motorista deu azar e foi atingido pelo tronco, que esbagaçou o carro e mais ainda o condutor.
1 Comentário
Ilustre Jornalista, contista, procurador, escritor e bom amigo. E eu que pensava que o tunel ou algo semelhante financiado com recursos publicos e da CEF, levariam as aguas torrenciais em excesso, da Lagoa Solon de Lucena e das proximidades da Estação Ferroviaria, desembocariam no Rio Sanhauá, depois Rio Paraiba, depois no Oceano Atlantico e talvez até no Mar Mediterraneo, Pois foi a “grande Obra” do prefeito anterior. Pelo dinheiro gasto a época, dava essa impressão. Grande abraço.