Meu amigo Francisco Florêncio, que morou em Oropa, França e Bahia e agora descansa das canseiras viajantes no frio de Triunfo, disse uma certa vez que não faz mais nada por obrigação. Nem escrever por obrigação escreve mais. Pois eu estou chegando a esse estágio. Cansei de ser obrigado.
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Por isso o registro com atraso da vitória de Lula. Uma vitória apertada, tão acochada como o furico do jegue de Creó, mas vitória de todo jeito. E Lula é o novo presidente do Brasil, para alegria dos que votaram nele. Eu votei.
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Aqui na Paraíba deu João Azevedo reeleito. Não votei nele.
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A vitória de Lula põe fim a um período de fanatismo religioso nunca visto no Brasil. Os chamados evangélicos tomaram para si a missão de eleger Bolsonaro, esquecidos de que nas suas igrejas havia gente do outro lado. Teve pastor que expulsou fiéis de sua igreja por causa da opção desses fiéis por Lula.
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Agora, aqui pra nós, não dou um mês para Malafaia e Edir Macedo irem a Lula com os rabinhos balançando oferecer suas orações e seus milagres.
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Mas a vida segue, hoje é um novo dia, o Brasil volta a ser um só, não existe mais esquerda ou direita, Lula vai ser o presidente de todos os brasileiros e que venha a picanha.
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E Lula, como o grande estadista que é, disse no seu discurso da vitória: “Essa vitória não é minha nem do PT. É do povo brasileiro.”
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Mas tem bolsonarista inconformado. Veja esse desabafo de um deles: ““Tem ir para a rua e pedir: ‘Fechamento do STF, fechamento mesmo, ou então vai ter desordem’. É colocar o presidente na parede”.
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Agora, aqui pra nós: Que coisa feia essa da Polícia Rodoviária Federal se postar nas estradas para impedir o acesso dos eleitores às urnas.
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Uma corporação tão admirada, de repente se sujar assim!
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Se bem que começou a se sujar com o assassinato daquele rapaz.
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Fernando Milanez vibrando com a vitória de Lula.
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Mas quem não está?
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Gilberto Carneiro estava tão alegre que pulava num pé só.
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Cida Ramos, grande guerreira, também vibrou.
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E Ricardo Coutinho, então, nem se fala.
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O mano Edmilson Lucena torou um litro de uísque comemorando a vitória de Lula.
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Eu também fiquei bêbo.
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Nininha Lucena, lá de Princesa, comandou a folia.
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E Dona Cacilda até camisa com a foto de Lula vestiu.
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Janja, a nova primeira dama do Brasil.
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Dessa aí sou fã.
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Inté.
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