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As primeiras do dia

6 de dezembro de 2018

 

Eu subestimei Jair Bolsonaro e agora dou a mão à palmatória. Jair não é burro, ao contrário, é maquiavélico. Consegue, por exemplo, descartar figuras inconvenientes sem precisar aparecer. Bota o filho de tampa e depois diz que o menino é impulsivo, temperamental, etc e coisa e tal, porém não o desmente, tampouco o repreende.

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Ele primeiro deu um carinhoso chute na bunda de Magno Malta, o auto nomeado ministro do seu Governo. E eu gostei. Esse Malta é um escroto. Esteve ao lado de Dilma, de Lula, de Temer e agora fazia orações de olhos fechados e fala fervorosa, usando Deus como moeda de troca às suas pretensões ministeriais.

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Mas a de Julian foi sem parêia.

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O homem era o faz tudo de Bolsonaro aqui na Paraíba. Chegou ao desplante de dizer que ninguém na Paraíba iria a Jair sem ser por ele. Se apresentava como uma espécie de intercessor do eleito.

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Aí o menino de Bolsonaro, o Carlos falador, veio a público dar sua patada no todo poderoso tupiniquim. E que patada! Deixou o cabra todo torto, chorando pelos cantos.

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A primeira foi esta: “Julian Lemos, a pessoa que tem se apresentado como coordenador de Bolsonaro no Nordeste não é e nunca foi. Detalhes creio que todos sabem”.

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Porrada da gota serena!

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Em resposta, Julian botou um vídeo dele com Bolsonaro e postou esta mensagem chorosa: “Na minha casa o que meu pai falava era respeitado, na minha casa eu aprendi honrar pai e mãe, só assim eu poderia ser feliz e ter paz, hoje percebo porque tenho filhos e uma esposa linda e vivo em paz. Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém. Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”.

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A mensagem de Julian não abrandou a ira do filho do homem, que respondeu: “Julian Lemos, não adianta postar vídeo antigo para se esconder atrás de meu pai, que apenas colaborou com a sua campanha na Paraíba. Sua retórica sempre foi totalmente previsível. Quem elegeu Bolsonaro foram pessoas de todos os segmentos e que em nenhum momento pleiteiam algo a mais a não ser um Brasil melhor! No vídeo você era candidato e Bolsonaro quis somente lhe ajudar, como fez com várias pessoas no Brasil. Não use isso para aparecer atrás dele por algum motivo como vem fazendo a todo momento”.

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Além da lapada, chamou o conterrâneo de papagaio de pirata.

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Mas como desgraça pouca é meio de vida, Pamela Bório, aquela que foi descartada por Julian, veio a público desabafar: “Eu só sei e falo sobre a verdade,estou sempre do lado da verdade. Entre Julian (de nome verdadeiro Gulliem Charles) e o Carlos, estou do lado do filho de Bolsonaro. Tenho respaldo, experiência própria e conhecimento profundo e íntimo de fatos para me posicionar desta forma”.

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Diante do exposto, só resta ao Gulliem Julian romper com o presidente. Mas dizem que o dele não é roxo qui nem o de Collor.

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