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Bolsonaro, o voto de papel e o desarranjo de Antônio da Várzea

9 de maio de 2021

Segundo o presidento Bolsonaro, as urnas eletrônicas não têm segurança, podem ser fraudadas. E ele afirma com segurança: Aécio Neves ganhou a eleição de 2014, só não se tornando presidente porque fraudaram as urnas.

Bolsonaro defende o voto à moda antiga, aquele de papel e de urna de lona, contado um atrás do outro, intiriço qui nem cantiga de grilo.

Mas se ele tem razão, então o presidente da república deveria ser Hadad e não Jair Bolsonaro.

Hadad e Bolsonaro disputaram a eleição com urnas eletrônicas e as urnas eletrônicas, demonizadas pelo presidento, deram-lhe a vitória.

Se bem que nem os tucanos, aliados de Aécio Neves, concordam com essa informação dada por Bolsonaro e divulgada em primeira mão por Monica Bergamo.

O PSDB reconhece a derrota do seu candidato e a consequente reeleição de Dilma Roussef.

Parece que até para agradar a tucanos Bolsonaro não dá uma dentro.

Voltando ao voto de papel:

Naquele tempo as urnas eram transportadas do local de votação para o de apuração pelos próprios mesários.

Em 85 um mesário levou a urna que deu vitória de Carneiro Arnaud sobre Marcus Odilon para casa. No meio do caminho se obrou o milagre da multiplicação dos votos.

Conta-se que em pleito da década de 60, impugnaram uma urna em Princesa e o transporte da dita cuja ao TRE, para a verificação dos votos, foi feito num avião do Governo do Estado, aliado do que venceu a eleição, sob a guarda de um cabo eleitoral do candidato que se sagrou vitorioso.

No vale do Piancó de tantas histórias, os defuntos conseguiam votar graças ao voto de papel.

Só há uma terna lembrança desses tempos e quem a tem é a família de Antonio da Várzea, o cabra mais comedor do sertão.

Antonio comeu pirão, farofa d`água e três quilos de carne de boi antes de votar. Ao chegar na cabine indevassável, demorou-se além da conta e ao ser abordado pelo presidente da sessão, que tentou abrir a porta da cabine, avisou com a voz tremida e espremida:

– Tem genteeee!

Alguém deve estar com vontade de ocupar a privada e por isso quer a volta do passado.

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6 Comentários

  • Reply Pedro Marques 9 de maio de 2021 at 11:20

    Voto impresso favorece quem compra votos ou a milícia.

    Talvez essa seja a razão dos Cunha Lima apoiem tanto o Genocida, sempre foram autoridades em comprar.

    Já o Genocida quer q as milicias possam cobrar dos eleitores o voto do medo.

  • Reply João 9 de maio de 2021 at 12:05

    Este presidente só é mais imbecil, por falta de espaço.
    Pense num energúmeno!!

    • Reply Luis Melo Rego 9 de maio de 2021 at 18:31

      Ele quer esculhambar o processo eleitoral, como ele próprio fala ,ele chegou para desconstruir ,no caso acabar o desmantelar o que tá dando certo,se ele ganhar a eleição, ótimo ,se perder, foi fraude,entende!!!

  • Reply Eder 9 de maio de 2021 at 16:54

    1)Realmente as urnas foram fraudadas, o Ptralha Hadad teve no mínimo uns dez milhões de votos a menos…
    2) Se essas urnas eletrônicas são tão seguras, porque nenhum país, como Estados Unidos, nenhum país da Europa, da Ásia, de kralho nenhum, usa este modo de votação eletrônico, tem caroço neste angu…
    3)Portanto, essas urnas e tudo mais que for eletrônico e com conexão com a internet está sujeito à fraude….

    • Reply Marcelo 10 de maio de 2021 at 10:07

      Sr Eder, baseada em que fonte segura está sua tese de que as urnas são fradulentas?
      Se nos EUA, Europa e Ásia como vc diz que não há esse processo, vejamos bem: nos EUA, o sistema é muito bem fiscalizado pelo governo, e também há o acompamento das duas agremiações; a saber, os replubicanos e os democratas que junto com os funcionários apuram e fiscalizam a eleição, e veja que lá não há uma justiça eleitoral para acompanhar, e pela cultura dos norte amrecanos, não há a maior necessidade de fraudar a eleição. Já na Europa, ocorre que, a maioria dos sistemas de lá são parlamentarista, ou seja, elegem um primeiro ministro que governará o país, mas antes, será preciso eleger o parlamento, e estes elegem o primeiro ministro através do voto parlamentar e não populacional. Já na Ásia, há muita complexidades de sistemas, há países monarquicos que não tem eleição, mas que são indicados pelo próprio rei, imperador antes de morrer, outros países são de sistemas parlamentar, como foi citado acima na Europa, e outros países são governados por meio de militares que dão o golpe e se perpetuam no governo.
      Vc fala que as urnas eletrônicas são uma fraude, mas onde vc confirma isso, e de qual fonte vc comprova? Se for comprovado que as eleições por meio da urna eletrônica são fraudadas, deixo de votar e exijo meus direitos, mas primeiro quero que se comprove isso, e não só dizer que foi fulano, beltrano, cicrano, Trajano que falou.

  • Reply Fred 10 de maio de 2021 at 03:21

    Sou antibolsonarista, votei Lula, Heloísa Helena no 1o turno, lula no segundo, Dilma, Dilma novamente, Ciro no primeiro turno, Haddad no segundo, e proxima eleicao votarei em Lula nos dois turnos sejam quais forem os candidatos. Mas não tenho nada contra o voto impresso. Roberto Requião também não. Acho que o voto impresso seria pior para os bolsonaristas, incluo aqui todos os direitistas. A direita já provou que não aceita democracia e que é a única capaz de fraudar eleições. Vamos aproveitar a onda Bolsonarista e nos aliar a eles neste pleito. É bom que todos fiquem cientes de que no projeto de voto impresso o eleitor não leva a impressão pra casa. O Voto é impresso na máquina, exposto numa contenção transparente, o eleitor visualiza a foto e nome impressos no papel, o papel cai numa urna de lona. Havendo impugnação de qualquer urna eletrônica, faz-se a contagem da urna de lona e compara-se com o resultado da urna eletrônica. Não subestimem a capacidade antidemocrática da direita. A direita não aceita nem nunca aceitará o resultado das urnas. O PSDB não aceitou a derrota para Dilma, pediu recontagem, cassou seu mandato(por pedalada praticada por FHC e sempre praticada por todos os governadores do PSDB, e 1 dia após empossarem Temer na presidencia legalizaram a pedalada fiscal. O Reconhecimento da derrota foi oportuno e veio tardiamente.

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