O PRIMEIRO FUSCA
Meu primeiro carro foi um fusquinha 66, bateria de seis volts, verde. Apesar de velho e fuçado, tinha muita força. Tanto tinha que nos transportou, eu e mais 11, da Praia do Sol ao Conjunto Ernani Sátyro num tempo de Praia do Sol sem asfalto, com ladeiras de barro molhado.
Naquela época não havia bafômetro, tampouco se cobrava do motorista sobriedade ao dirigir, de modo que passamos uma manhã inteira tomando banho, jogando bola e bebendo cachaça na beira do mar e só retornamos quando não havia mais nada para consumir.
Foi nesse fuzuê que meu sogro, Cabral, perdeu a chapa durante um mergulho e, ao procurá-la, foi informado pela sobrinha que encontrou um trambolho boiando, pegou-o e jogou-o longe.
Graças a Deus escapamos todos, sogros, pais, esposas, filhos e netos, voltamos para casa sãos e salvos e nem ressaca tivemos no dia seguinte.
Mas eu falava do fusca para lembrar o quanto era difícil ter um carro antigamente. Desde 1975 trabalhava como jornalista, mas só juntei o suficiente para adquirir um carro velho quando do nascimento da minha primeira filha em 1980.
Aprendi a dirigir sozinho. Passei uma semana inteira andando de táxi para ver como o motorista guiava o carro, pedi ao vendedor para estacionar o fusquinha ao lado da venda de Cabral e, mais tarde, fui testar as minhas habilidades ao volante. Dei ré e derrubei a frente da venda. Mas daí em diante não derrubei mais nada. Na segunda fiz o teste de rua, dirigi do Geisel à Pedro II, onde ficava e ainda fica o Correio da Paraíba, suei de bica mas conseguir chegar.
Meu fusquinha foi trocado tempos depois por um fusca mais novo, a lembrança dele, porém, ficou guardada para sempre. Foi o primeiro fusca, o dos 12 da Praia do Sol.
LANÇAMENTO EM BANANEIRAS
Flagrante do lançamento do meu livro “Nos Tempos de Jornal” em Bananeiras, na Granja do Maguila, patrocinado pelo então prefeito Douglas Lucena. Na mesma data recebi um voto de aplausos da Câmara Municipal.
2 Comentários
Fusca é um tanque de guerra
TIÃO, ESSE FUSQUETE FALAVA?