O Recife tem um centro histórico vivo, pulsante, cheio de gente, eu vi.
As ruas do velho Recife estão habitadas, as pessoas caminham por elas, sentam-se e conversam em torno de mesas em barzinhos, visitam centros de artesanato, passeiam de catamarãs pelas águas do Beberibe e do Capibaribe, quando a noite chega luzes multicores emprestam um colorido todo especial aos prédios redivivos, ali se fez.
E eu, enquanto andava por aquelas ruas fiquei a me lembrar das ruas velhas de João Pessoa. Quanta diferença entre a Rua Direita e a Rua da Areia! Aquela com o passado de volta, os velhos personagens envergando trajes de época e se misturando com os personagens novos vestidos à vontade, calçando japonesa, se deixando fotografar, a nossa caindo aos pedaços, sem portas e sem janelas, sem vida pra ser vivida.
E no passeio de catamarã fiz de conta que passeava pelas águas do Sanhauá em demanda de Cabedelo, alegrando as vistas com os sobrados, com a São Pedro Gonçalves toda iluminada e o Hotel Globo festivo à espera dos hóspedes.
Senti pena de nós e admiração pelos pernambucanos.
Ali estava a prova de que, querendo, se faz.
Basta que apareça alguém disposto a falar menos e a fazer mais.
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