São apenas duas vagas para, até agora, três pretendentes. Um está fazendo por merecer, tem trabalhado, atendido as demandas das cidades do interior, da região metropolitana de João Pessoa e do povo de Campina. Veneziano está fazendo por merecer a reeleição. E a outra vaga, vai para quem?
O governador João Azevedo ensaia uma candidatura, alguns dizem que ele vai topar a briga, outros preferem vê-lo no Governo até o fim do mandato, estão escaldados com episódios do passado recente onde favoritos levaram surras de votos e encurtaram a vida pública.
E como se não bastasse, apareceu Nabor, o pai de Hugo, ex-genro de Chica Motta, entusiasmado com a possibilidade de trocar a Prefeitura de Patos pelo Senado da República. Até versos a sua conje escreveu pra ele: “Eu vou fazer um verso /pensando no meu amor,/ ele hoje é prefeito /e pensa em ser senador./ Pra você memorizar, /o nome dele é Nabor.”
Eu nem sei se isso é permitido pela legislação eleitoral, dizem que campanha fora de época não é a mesma coisa que carnaval. O carnaval pode ser dançado a qualquer tempo, a campanha não, causa transtorno, dá zebra, mas isso é com os letrados da justiça.
O que importa é falar das duas vagas.
Veneziano disputa a primeira, a segunda está entre Nabor e João, Daniela já se ofereceu para ser a primeira suplente do prefeito de Patos, o filho dele não está disposto a aceitar o pai como coadjuvante, exige o seu protagonismo, isso ainda vai dar um “bode respiratório” como dizia aquele famoso e saudoso desportista. E tem o detalhe da suplente mãe.
Eu venho de longe, vivi episódios, caminhei muitas estradas. Em 75 comecei na imprensa, em 78 vi Ivan Bichara, intocável, irrepreensível, apoiado pela revolução e pela maioria de deputados e prefeitos, ser esmagado por Humberto Lucena na disputa pelo Senado. Até Bosco Barreto teve mais votos do que ele, sem fazer campanha, mandando recados das bibocas de Cajazeiras onde emborcava suas meiotas ao lado dos boêmios Gutemberg Cardoso, Josival Pereira e Fernando Caldeira.
Em 86 Wilson Braga, o até então invencível, amargou uma derrota para o desconhecido Raimundo Lira, sob os auspícios do governador eleito Tarcísio Burity.
Braga foi o pai do Canaã e quando perdeu mandava na Paraíba, fazia barba, cabelo e bigode, mas perdeu.
Isso quer dizer, trocando em miúdos, que na Paraíba nada é demais, tudo é possível, principalmente tomando por base a índole traidora de certos paraibanos.
Entonce…
2 Comentários
SOBRE AS VAGAS PARA O SENADO, PRETENDENTES E POSSÍVEIS CANDIDATURAS ESGRIMADAS, ESPIANDO NO PASSADO NOTA-SE QUE MUITOS DOS QUE ENSAIAM AS DISPUTAS PELO ESPAÇO, NÃO PASSAM DE MEROS CAÇADORES DE DINHEIRO E CARGOS … QUEREM SOMENTE “PARLAMENTAR” COM QUEM TEM “PANOS NOS BOLSOS” PARA AS MANGAS DOS GULOSOS – COMO DIZIA A DE VIDA DIFÍCIL, RITINHA DA SANTA TEREZA: “GOLÔSOS”. DEIXO-OS PARA A PÓICA DE TIÃO CHUPAR.
disse tudo