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Isso a propaganda não mostra. Descaso com a Avenida Sanhauá demonstra bem a conflituosa relação “realidade x ficção” na gestão municipal de João Pessoa.

28 de dezembro de 2018

Por: Aldo Ribeiro

Mais um ano que se finda. E como de praxe, eu poderia agradecer por mim e pelos meus, por termos sobrevivido ilesos a mais esse ciclo. Eu também poderia, vendo daqui da base, talvez enumerar os grandes desafios do governador João Azevedo, novo comandante dessa nave chama Paraíba. Eu poderia pinçar sobre o que nos aguarda no governo notadamente sem um norte do Bozonazi. Eu também poderia atentar pra o que talvez seja nossa maior chaga: a concentração de riqueza e sua péssima distribuição. Mais do que nunca, nossa luta é de classes, meus caros. Percebam quem esbravejou sobre a proposta de aumento do ICMS. Precisamos nos aparelhar de informação útil, pra direcionar nossas forças pra o que realmente nos importa. As redes sociais transformaram analfabetos funcionais, que há pouco tempo atrás assistiam o programa do Ratinho, em “cientistas políticos” propagadores de fake news.

Mas não. Prefiro falar a respeito do caótico imediatismo da vida real. Afinal de contas, e no fim das contas, essa passagem de ano trata-se apenas de mais um feriado. Na próxima quarta-feira, começaremos tudo de novo. As mesmas dificuldades e os mesmos perrengues de quem vive numa cidade do porte de João Pessoa.

Posso falar com propriedade. Passo todo santo dia naquela avenida por de trás do terminal rodoviário de João Pessoa. Segundo a prefeitura, a obra duraria em torno de 20 dias. E lá se vão, sei lá, três meses. Um desrespeito com os milhares de cidadãos de carros e motos que passam por ali diariamente. Um “belo” cartão postal pra os que visitam nossa cidade.

Há alguns dias, a obra estava completamente abandonada. Nenhuma máquina e nenhum homem. No entanto, na última quinta-feira, havia um carro do Sistema Correio fazendo uma reportagem sobre o caos em que se transformou quem passa por lá. E adivinhem o que aconteceu? Sim, hoje voltaram a interditar aquele trecho e as máquinas voltaram a frequentar a obra. Repito: eram 20 dias. Lá se vão 90.

Dito isso, vale a reflexão. Em qual gestão devemos acreditar? Outorgar? A das propagandas bonitinhas ou a do perrengue nosso de cada dia?

Um feliz 2019 e uma vida mais fácil pra você que vive em João Pessoa.

Onde estão os caras que acenavam com a mão invisível, um mercado para todos nós?”

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