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Ivonete em fim de carreira garroteada por vereadores faz pouco caso com ausência de Romero na Câmara: “…pois eu estarei lá bonita e maravilhosa”

7 de fevereiro de 2019

MARCOS MAIVADO MARINHO

A volta dos trabalhos legislativos em Campina Grande, ontem (05), com certeza pode ter marcado o começo do fim da gestão Ivonete Ludgério, uma vez que ela deu mostras plenas de não ter mais nenhum tipo de controle para continuar dirigindo a Casa Félix Araújo.

A Ivonete, que já não detinha mais controle administrativo no gerenciamento da Câmara, inchada por familiares seus e do esposo Manuel, além de apaniguados políticos de ambos, falta agora principalmente controle ético e moral, o que exige dela doravante no mínimo um comportamento de humildade, sem o qual dificilmente se sustentará no cargo.

Antevendo o desastre em que a sessão de reabertura dos trabalhos se tornaria, o precavido prefeito Romero Rodrigues, a quem caberia o encaminhamento da tradicional Mensagem do Executivo aos vereadores mandou avisar da impossibilidade da sua presença alegando problemas de saúde e, no gabinete de Ivonete, logo deselegantes servidores avisaram a quem quisesse ouvir que o prefeito “ficou doente”, sugerindo que Romero havia “inventado” a justificativa.

O mais grave, entretanto, ficou por conta da própria Ivonete. No melhor estilo “perua”, a mulher de Manuel Ludgério alteou a voz e sentenciou sobre a sessão: “Não perde o brilho, pois estarei lá bonita e maravilhosa”.

Segundo o portal ‘PbAgora’, de João Pessoa, um dos veículos que registrou a infeliz tirada de Ivonete, sua frase mostrou “desprendimento em relação a ausência de prefeito Romero Rodrigues na abertura dos trabalhos legislativos 2019”. Na verdade, foi muito mais: total falta de ética e até mesmo de solidariedade a um aliado político e fiador até aqui dos seus destemperos gerenciais no Poder Legislativo.

Conforme Ivonete, o prefeito já havia lhe informado sobre a ausência por estar com uma forte virose e destacou ter dispensado a ida de um secretário para substituí-lo por entender que a presença do gestor é indispensável e que marcará uma outra data para que isso aconteça.

“Nós estamos apenas iniciando os trabalhos legislativos e com certeza estará tudo na paz. Vamos adiantar a escolha das comissões permanentes da Casa”, desconversou a jornalistas.

Na verdade, o clima entre a base governista com a presidente da Casa tem sido tenso nos últimos dias. Pelo menos três vereadores ligadíssimos a Romero – seu primo e ex-vice presidente Márcio Melo Rodrigues, Sargento Neto e Saulo Germano – sequer aceitaram tomar posse na Mesa Diretora na qual Ivonete foi eleita para este segundo biênio.

Este fato grave é também minimizado por Ivonete. Ela ressalta que além dela foram empossados o primeiro vice, Marinaldo Cardoso; o segundo vice, Bruno Faustino; e o terceiro vice (cargo criado agora), Janduí. Isso, no seu entendimento, torna a Mesa devidamente legal, mesmo que os secretários (cargos em tese administrativos) não tenham assinado o livro.

Os três insatisfeitos chamam Ivonete de Ditadora e sugerem que ela estaria usurpando as funções dos secretários da Mesa. Nós “honramos as calças que vestimos”, gritou na sessão o vereador Saulo Germano, fazendo entender que a presidente não honra “as saias” que usa.

Para Ivonete, os três vereadores estariam cometendo contra ela crime de “assédio moral” e mandou que eles abrissem o dicionário para ver se não é isso mesmo, no que mais uma vez se equivocou mostrando despreparo para as funções que exerce.

Assédio moral, explicou na rede CBN de rádio o comentarista político Suetoni Souto Maior, pressupõe hierarquia, nada a ver com o que Ivonete imagina, pois ela é a Chefe. Assédio moral seria exatamente o oposto – dela para os edis.

Outra alegação dos vereadores é de que Ivonete não dialoga e toma decisões sem consultar o colegiado, principalmente no tocante às finanças da Casa. Para isso, um projeto de Resolução apresentado pelos dissidentes pretendendo chamar o feito à ordem conseguiu descabelar de vez a presidente. Se aprovado, o novo ordenamento tornará cada vereador um gestor e a Presidência somente poderá empenhar despesas com o consentimento dos mesmos.

Esta Resolução, que seria o primeiro garroteamento de Ivonete, prenuncia que o fim da sua gestão está mesmo no começo.

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