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Lula não se intimida com as ameaças de Israel e manda chamar de volta o embaixador do Brasil em Tel Aviv

19 de fevereiro de 2024
Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel — Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, convocou nesta segunda-feira (19) o embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, para uma reunião no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. A conversa acabou por volta de 19h.

Em outra frente, o governo mandou o embaixador em Israel, Frederico Meyer, voltar de Tel Aviv para o Brasil. Ele embarcará para a viagem de retorno nesta terça-feira (20).

As medidas foram tomadas, segundo comunicado do Itamaraty, “diante da gravidade das declarações desta segunda-feira do governo de Israel”.

O governo israelense declarou Lula “persona non grata” após uma declaração do petista no domingo (18) (leia mais aqui).

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula na ocasião.

Chamar um embaixador de volta, como fez o Brasil, é uma medida considerada dura nas relações internacionais. É uma sinalização de que o país quer ouvir esclarecimentos de seu diplomata a respeito de uma atitude considerada hostil efetuada pela outra nação.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, chamou para uma conversa o embaixador do Brasil no país, Frederico Duque Estrada Meyer. A conversa foi no Museu do Holocausto, e a imprensa esteve presente. Foi uma mensagem política.

Na prática, nenhuma dessas atitudes significa rompimento diplomático entre Brasil e Israel. Assim como a declaração de Lula como persona non grata não tem esse efeito. Mas são fatos que estremecem a relação entre os dois países.

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