opinião

O PAGADOR DE PROMESSAS

21 de setembro de 2025

RAMALHO LEITE

Já percorri o longo caminho regulamentar. Estou vivenciando um tempo de prorrogação. Comecei jornalista, depois advogado e finalmente politico. De repente constato que estou um jornalista sem jornal, um advogado sem causas e um politico sem mandato. Fui alcançado pela mais grave das inelegibilidades: a falta de voto. Então voltei ao início. Ganhei espaços em alguns jornais e fiz deles a tribuna e o discurso que havia perdido. Daí por que meu primeiro livro foi intitulado “Dá Licença um Aparte” e o que pretendia ser o último, “Era o que tinha a Dizer”. Treze livros depois, eis-me cumprindo um terceiro mandado de presidente da Academia Paraibana de Letras. Antes presidi o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Em todos os pleitos, fui candidato único, único caminho que encontrei de disputar mandatos e não perder para ninguém.
Como presidente da APL só tenho a agradecer. Costumava dizer o governador José Maranhão: quem não sabe agradecer, não merece receber. O governador João Azevedo sabe que a nossa Academia mantém as portas abertas e desenvolvendo suas atividades, graças à parceria que mantemos com o seu Governo. Exemplo disso é a solenidade que vivenciamos, quando o governador autoriza os procedimentos necessários à construção do Memorial Augusto dos Anjos. Vários governos exararam decretos de desapropriação de duas casas em ruinas, vizinhas à nossa sede, para a essa finalidade. O decreto caducava e a obra não saia. Agora tornar-se-á realidade. Eis porque o nosso Chefe do Executivo merece o titulo de Pagador de Promessa.
E não somente na área cultural, na busca incansável da preservação e revitalização do patrimônio histórico e artístico da nossa Paraíba. Para isso, a gestão estadual colocou à disposição dos contribuintes, milhares de reais em renúncia fiscal que serão investidos na restauração de prédios e instalação de empreendimentos que façam ressuscitar o Centro Histórico da Nossa Capital. Na área de infraestrutura lembraríamos O Polo Turístico Cabo Branco, o Arco Metropolitano, a Ponte do Futuro, o Hospital da Mulher e tantos outros equipamentos que constaram do programa de vários e só agora estão saindo do papel.
No interior do Estado, além da requalificação de equipamentos de saúde e educação e implantação de vários outros, me alegra constatar que pequenas grande obras, também alegram as populações beneficiadas. Na minha cidade natal- Borborema registrei em um pequeno discurso na posse do prefeito: “graças ao governador João Azevedo, aqui, até para alguém ser enterrado, tornou-se uma viagem confortável. O governo levou o asfalto até à porta do Cemitério”…
No brejo, que conheço mais de perto, Bananeiras ganhou um contorno viário, uma nova Escola Normal, a ligação asfáltica com a cidade de Dona Inês. Serraria foi ligada a Arara. As escolas de segundo grau de Solânea requalificadas, faltando, apenas, a Arlindo Ramalho, que fundei e tem meu pai como patrono. Estão em planejamento e já anunciadas as ligações asfálticas entre Pirpirituba e Borborema, Serraria a Solânea e um novo contorno de Bananeiras. Se não bastasse a esperada adutora que levará agua de Boqueirão para reforçar o abastecimento da região. Sem esquecer Os “Caminhos dos Engenhos” ligando Alagoa Nova a Areia. É João pagando promessa.
E sem prometer, entregou o Museu da Cidade, na casa que residiu o presidente João Pessoa e o Museu da Policia Militar. Vem aí o Museu da Historia da Paraíba, no Palácio da Redenção, o Museu das Etnias e, em parceria com o TRE-PB, o Museu da Justiça Eleitoral.
Na Academia Paraibana de Letras existe uma galeria dos imortais que já morreram. Entre todos, contamos oito que governaram a Paraíba: José Américo, Pedro Gondim, Ernani Satyro, Ivan Bichara, Dorgival Terceiro Neto, Tarcísio Burity, Ronaldo Cunha Lima e Juarez Farias. Todos esses governadores tiveram assento em uma cadeira da Academia e ganharam o grau ad imortalitatem.
O governador João Azevedo, o pagador de promessa, pelo que tem feito em favor dos bens culturais da Paraíba, para ser imortal não precisa ser eleito para uma cadeira da Academia Paraibana de Letras. Sua obra já lhe confere o selo da imortalidade!

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