opinião

Por que instituições religiosas recusam-se a pagar imposto?  

29 de agosto de 2023

Edmundo dos Santos Costa

Esta foi a pergunta formulada pelo amigo Karlos Thotta!

No desenvolvimento do raciocínio fez referências pertinentes ao Dízimo.

Digo: Dizimar as dúvidas que são inerentes ao assunto, por certo que não constitui matéria portadora de harmonia e consentaneidade. Sugeri, no entanto, que fossem visitadas as observações feitas pelo Doutor Severino Celestino, no tocante a “origem do dízimo” no programa “Abrindo a Bíblia” em vídeo que pode ser encontrado no youtube.

Já em relação ao porquê das ditas entidades não estarem submetidas as regras que atingem a sociedade, com raríssimas exceções, tenho que a resposta não suscita maiores indagações.

Em primeiro lugar é preciso não perder de vista o fato que consiste no bombardeio diário ao qual estão submetidas as pessoas, mediante a ditadura da informação falsificada e deletéria, produzida com a única finalidade de confundir a cognição e o tirocínio, criando  condições favoráveis para a construção de uma comuna de idiotas acríticos e submissos às sugestões de como viver e portar-se, o que se faz ilimitadamente e sem freios.

Induzido, o cidadão alvo, destinatário do modus vivendi imposto é inserido em um projeto de representação mental onde passa a adotar atitudes de submissão, crendo que as formulações mentais implantadas  são produtos de sua própria reflexão e  daí por diante passa a repetir tais conceitos como se fossem próprios, quando, em verdade, ignora até mesmo os significados  semânticos dos vocábulos que, como autômato, repetidamente expressa.

Em segundo lugar é preciso compreender que tudo decorre da busca endiabrada pelo poder político e seus penduricalhos aderentes.

As postulações dos segmentos sociais em um meio exacerbadamente   compartimentado,   ensejam   lutas    fraticidas,

egocêntricas  e sem tréguas, com o só objetivo de, cada vez mais conquistar espaços que lhes permitam avanços sem limites, invariavelmente almejando superar a medida do ter e do possuir, relegando a nenhum plano, a criatura que ousa denominar-se com imagem, similaridade e semelhança ao Criador, como se Este tivesse forma definida,  conforme disposto em “escrituras”  com aparente falsificação.

Tais “conquistas” presumem a supressão dos espaços da maioria desorganizada e desnorteada que a tudo submete-se na ignorância, inicialmente imposta, depois, por si mesma encaminhada, sustentável, autossuficiente e dificilmente debelável.

O mau hábito de apropriar-se do alheio não é evento exclusivo das classes  componentes do piso da pirâmide social. A assertiva tem por base estudos sérios e cientificamente respaldados onde se mostra que os piores crimes perpetrados contra a sociedade partem dos berços dourados e das maquinações palacianas, por ações e por omissões. Veja-se a exemplo a atividade dos bárbaros bem nascidos na corte portuguesa ou na corte espanhola invasores de Pindorama onde,  mediante a ação de interpostos e dos seus “braços armados” perpetraram assassinatos em massa e dizimaram  “nações” compostas pelos verdadeiros donos do lugar. Em retórica cínica e cruel deram à tais atos, nomenclaturas pinceladas de sangue, porém com distinções alvissareiras: “Conquista”; “descobrimento”; “acultuamento”; “cristianização”; “expansão civilizatória”, “chegada do progresso” e tantas outras estultices sustentadas nas escolas e que setores da divulgação adotam,  saltitantes e firmes na compreensão de que são a fina flor das inteligências “modernas” e que estão prestando aos que lhes dão crença e fé de ofício, o que há de mais relevante no conhecimento humano.

A meizinha psicológica ministrada possui eficácia tão devastadora que chega, na “convicção” das vítimas componentes de setores da base da pirâmide, com  força suficiente para convencer maiorias, dentre os novos e velhos “intelectuais”, quedados inertes e solícitos, ao “modelo democraticamente” implantado. Basta perfunctória análise das baboseiras proferidas diariamente, nos meios de comunicação em massa e em moda, não havendo aqui, suficiente espaço e momento oportuno para esmiuçá-las, uma a uma.

Finalmente é preciso que  observemos  as  ocorrências que

todo santo dia e todo dia santo se fazem óbvias nas atitudes dos criadores e cultivadores de ideias a serem implementadas nos cérebros alheios, de modo que estes, alheios, as tenham como próprias, adequadas para o incentivo do “lugar comum” e pela validação dos pensamentos segundo os quais a sujeição do homem pelo homem é questão de fatalidade. “prego batido e ponta virada”, sendo a regra, o politicamente correto e o comando que não comporta espaço para questionamento.

Os “pensadores” das sombras – que fazem os  “Zé Ninguém”, criados em chocadeiras ideológicas, imaginar que nasceram para servi-los e fadados ao sacrifício eterno, pela vontade de um deus fomentador de cretinos, fabricante de religiões, protetor de ociosos e explorador da ignorância, do suor e sangue alheios – encarregam-se de propor e ajudar na criação de castas religiosas, como um meio a mais de justificar, pela fé dos amaciados convictos, a necessidade de aumentar o tamanho dos manjares destinados aos comensais do banquete, porque o bolo, com as fatias cada vez mais finas, com glutões cada vez mais obesos, não pode ser destinado, em estado minguado, aos famélicos gananciosos e de espíritos gulosos, que esbravejam e exigem, cada vez mais substâncias e cada vez  mais fermento, para ser adequadamente redistribuído na farra dos distinguidos pelas deidades vadias e perversamente  emburrecedoras.

Se CRISTO, O FILHO de DEUS retornar em projeto humano, o seu reencarne – com projeção percebida pelos favores do avanço científico – não será permitido. O parlamento venal, de soluções pague e pegue e com as garantias franqueadas por parte do judiciário imbuído de coragem modulada, com interesses comuns e por significativa parcela do ministério público nas mesmas bases, ávidos de dinheiro e poder, cheios de vaidades a contemplar, todos solícitos a subdivindade executiva, esquerda ou direita terão afirmado que a nova Maria, sob os auspícios do incentivo e do convencimento, “será dona do seu corpo” e poderá decidir se assassina ou deixa viver o Cristo Embrionário.

Tudo em acordo com as outras divindades em moda – o mercado e o capital, entidades  malignas e sem rostos – estas devem ser protegidas e resguardadas, a qualquer custo para evitar seu estado de nervosismo apresentado mediante manifestados “ruídos”, para obter  tranquilidade com o sacrifício, no seu altar, do CRISTO a ser imolado, por trazer, com seus  ensinamentos, perigos aos  projetos dos  deuses do milênio e de sempre, devendo ser abatido no útero da Maria Moderna.

 

Termino com as palavras do colega Amaro Gonzaga pinto Filho:

 

“VIVA O REINADO. SALVE A SENECURA E ABAIXO A PLEBE”.  Esta, digo eu, foi planejada e laboratorialmente criada para  pagar impostos e dízimos, garantindo o sustento da vagabundagem deificada e dos seus apêndices.

 

De logo recusando qualquer perdão, imaginem se pedirei desculpa!

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