Miguel Lucena
A análise dos fatos recentes levou as autoridades a considerar elevado o risco de obstrução à Justiça. O primeiro episódio foi a fuga do deputado Alexandre Ramagem, que, mesmo sem passaporte e proibido pelo STF de deixar o país, embarcou para os Estados Unidos.
A Polícia Federal classificou o ato como descumprimento direto de ordem judicial e indicativo de que outros investigados do mesmo núcleo político poderiam recorrer a estratégias semelhantes. O caso reforçou o entendimento de risco à aplicação da lei penal.
O segundo fato foi a convocação, pelo senador Flávio Bolsonaro, de uma vigília em frente ao condomínio Solar de Brasília, onde Jair Bolsonaro cumpria prisão domiciliar. Para a PF, a mobilização poderia criar ambiente de pressão e tumulto, dificultando o cumprimento de eventual sentença condenatória.
No STF, a iniciativa foi analisada como reprodução do modus operandi observado nos atos de 8 de janeiro de 2023, especialmente no que diz respeito à tentativa de constranger instituições e impedir a atuação regular da Justiça.



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