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Porque hoje é sábado

11 de agosto de 2018

1- A Prefeitura de João Pessoa diz que faz uma administração humanizada, mas deixa 350 famílias dormindo ao relento no Cristo Redentor. Crianças e idosos dormindo no chão, sem cobertor para mitigar o frio.Da casa onde dormiam foram despejados e encontraram abrigo num ginásio da Prefeitura, que lhes nega o mínimo de conforto para subsistir.

2 – E a gestão humanizada aplicou, somente em 2018, 10 milhões de reais em multas de trânsito, segundo informa o Sagres do Tribunal de Contas. Gestão humanizada até demais, vocês não acham?

3 – O Governo prestou homenagem aos policiais que prenderam aquela quadrilha que arrombou o carro forte em Pedras de Fogo. Homenagem mais que merecedida.

4 – Debate sem graça, o dos presidenciáveis. Bolsonaro provou que é despreparado, mas ontem um eleitor dele disse que vota no capitão sem se importar com isso. “Bolsonaro não precisa falar”, disse o eleitor. E eu respondi: “Se não precisa, porque vai pro debate?”

5 – Até 2020 as principais vias de Princesa estarão asfaltadas, me informa o prefeito Ricardo Pereira, este sim um prefeito correto, trabalhador e preocupado com a população que o elegeu.

6 – Está aí seu candidato, professor União! Ciro Gomes prometeu tirar todo mundo do Serasa e do SPC assim que tomar posse na Presidência da República.

7 – Hervásio e Odon Bezerra presentes hoje na Festa do Frio em Bananeiras. Eles possuem residência e raízes na cidade mais bela e aconchegante do brejo paraibano.

8 – E vale irmão substituir o outro em eventos só porque os dois são gêmeos? Tá danado!

9 – Não se enganem: O eleitor vai aprontar uma presepada com os políticos nessas zinleições. Ele, o eleitor, anda muito calado. Pode estar preparando o bote.

10 – E hoje, pra variar, a turma de Princesa se reúne no restaurante do Elias, na Torre, pra comer bode com cuscuz e falar da vida alheia. Sob o comando de Paulo Mariano, é claro.

11 – E lá se vão meus abraços para Toinho de Pompilio, Assis de Marçal de Sulina, Bosco de Severino da Moda, Everaldo de Hermes Maia, Zeca de Silvio Porto, Chico de Cabo Duca, Hermogenes de Mané Braz, Tenório de Terto, Zé de Ada, Marçalzinho de Marçal Lima, Joca de João Fernandes, Severino de Corina, Bibiu de Miguel Fotografo, Ciço de Aécio, Raissa de Zé Lacerda, Zezé de Miguezim e Miguezim de Zezé.

12 – O velhinho caminhava pelos balcões das lanchonetes da Torre, do mercado sujo, recolhendo os sobejos dos fartos num saco grande de guardar ração animal. Guardava as sobras, bebia os restos de refrigerante e depois perguntava se o “meu fio” tinha uma prata de esmola.

Cara de 80, talvez tivesse mais, ou menos, ninguém pode saber. Só sei que era velho com jeito sofrido. O andar trôpego demonstrava fraqueza física, daquelas que pedem aposentadoria, sombra e água fresca para esperar a morte descansado.

Mas o velho da Torre não tinha como descansar. Embora não dissesse, com certeza deixara em casa buchudos esperando as sobras, os restos que ficaram nos pratos até há pouco usados por quem comeu além da conta.

E olhe que ficaria feliz com um agrado pequeno. Não exigiria boca nova para embelezá-lo, eis que a murcha e desdentada que possui serve para engolir os sobejos dos mosqueiros. Ele não carece de sorrisos, por isso não ia querer o tratamento caro dado aquela moça nobre falada nos jornais. Exultaria de felicidade com o troco do principal que a dama gastou, da mesma forma como não odiaria os centavos sobrados da excursão de beleza patrocinada para a miss.

Ele, contudo, não pensa nisso. Nem jornal lê, falta-lhe vista. Anda como um autômato buscando os restos que os outros relegaram, para dar vida aos buchudos enjeitados pela vida.

E lá vai o velho da Torre, mercado afora, buscando os restos, disputando com os cachorros os sobejos dos fartos. O político terá lembrado dele nesses tempos de eleição, onde o abraço apertado é distribuído aos montes?

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