Quem chamou Mofi de burro?

Mofi pode ser um bocado de coisas, mas burro ele não é. Um burro não alcançaria a projeção por ele alcançada. É o campeão de acessos  no Instagram, inclusive com direito a anúncios que lhe rendem fortunas. O homem mora numa bela casa, anda em carro de luxo, dia desses passou temporada no Amazonas a convite da empresa por ele divulgada nas redes sociais e se gaba de não querer casar porque tem 60 namoradas.

O homem é tão importante que bastou gravar um vídeo elogiando Lula, mas garantindo um novo voto em Bolsonaro, para ser visto e comentado no país inteiro. Até o sobrinho de Dilma Roussef se ocupou com Mofi e o deputado André Janones repercutiu seu vídeo nas redes sociais.

Só se atira pedra em passarinho carnudo. E Mofi tem carne de sobra. Desde os beiços até o calcanhar.

Disseram que ele “é burro de dar dó”. É não, meu caro. Mofi é muito mais do que aparenta. Criou um personagem e deu certo. Tanto deu que incomoda. E é hoje no Brasil um influenciador digital do tamanho dos maiores influenciadores da nação.

Tem pouca leitura, sua escrita é sofrível, mas a eloquência, a irreverência e o faro pela notícia fazem dele um grande repórter.

Esse negócio de querer humilhá-lo por causa de suas posições políticas não funciona. Mofi é maior do que isso. Bem maior do que esses bestas que ficam discutindo ideologia a troco de moedas.