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Sobre Gonzaga Rodrigues e Otávio Sitônio Pinto

21 de junho de 2022

Uma das grandes frustrações da minha vida profissional foi não ter merecido de Gonzaga Rodrigues algumas linhas dele sobre um dos meus livros. E olhem que pedi. Ele, claro, ignorou porque os meus escritos não valiam uma análise, mesmo que pequena, do ilustre cronista.

Mas isso não diminuiu, nem vai diminuir, a admiração que tenho por ele, pelo que escreve e pelo que conversa.

Com Gonzaga trabalhei em A União, ele diretor e eu repórter. Depois repeti a dose na Prefeitura, eu secretário de comunicação e ele ex-secretário e assessor do prefeito Chico Franca. Nos fizemos amigos e amigos continuamos a ser.

Porque estou falando dele?Simplesmente porque hoje Gonzaga chega aos 89 janeiros mantendo o mesmo vigor dos tempos de antigamente, produzindo, escrevendo, transformando em crônicas poéticas e saborosas o cotidiano da nossa cidade.

Que ultrapasse a casa dos cem anos. A Paraíba precisa dele.

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Hoje choramos a perda de um grande cronista, Otávio Sitonio Pinto, princesense, primo legítimo do saudoso Aloysio Pereira, sobrinho do coronel Zé Pereira de Princesa.

O corpo está sendo velado na Rosa de Saron em Jaguaribe. O enterro deverá acontecer no Senhor da Boa Sentença.

Otávio escrevia como quem faz doce de leite ou suspiro de ovo: leve, gostoso, com sabor de quero mais.

Luiz Nunes, outro ilustre conterrâneo, afirma que ele era o nosso Rubem Braga.

E eu não temo em dizer: Rubem Braga, apesar de mais famoso, não chegava nem perto.

Ele era único, inimitável, insuperável, insubstituível.

Vai fazer falta.

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1 Comentário

  • Reply José Rodrigues 22 de junho de 2022 at 07:00

    Parabens Gonzaga Rodrigues pelo seu aniversário, que Deus lhe conceda muita saúde e mais muitos anos de sua vitoriosa vida.

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