CÍCERO LIMA
(JORNALISTA)
Relendo algumas estórias do cotidiano da cidade grande, contadas e escritas há mais
de 28 anos (dez/1997), pelo admirado e fraterno confrade Tião Lucena, me deparei
com um de seus personagens, conhecido no populoso Bairro de Mangabeira, como
“ZEZIM DO SABÃO”.
Naquela época (1997), o mau maior que afrontava a saúde sexual da humanidade,
era a famosa Aids, cuja doença impôs a recomendação do uso obrigatório de
camisinha por ocasião dos atos sexuais, havendo à época, muita resistência ao uso
do preservativo por parte dos tradicionais acostumados à prática do ato à moda
Adão e Eva.
Pois bem, em razão dessa epidemia que se espalhava por todos os cantos da cidade,
os órgãos de saúde designaram equipes de servidores para acompanhamento da
situação e ao entrevistarem o cidadão conhecido por “ZEZIM DO SABÃO”, pequeno
comerciante de uma barraca, sobre a existência da Aids, ele teria desabafado para
uma equipe de pesquisadoras:
“Esse negócio de Aids é conversa mole. Isso não existe”
Assustadas, as pesquisadoras quiseram saber como ele poderia afirmar aquilo com
tanta segurança. De imediato tiveram a resposta de ZEZIM:
“Faz 30 anos que eu dou o cu e nunca peguei nem uma gripe”.
Ponto final.




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