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A falsa equivalência citada por João Azevedo, só escancara que o mesmo não tem a equivalência do campo pelo qual foi eleito

5 de julho de 2022

 

Por: Aldo Ribeiro – Economista e progressista

 A lembrança do Jackson Macedo foi certeira, e ao mesmo tempo desnuda o mito progressista ao qual o atual governador tenta se vincular. Sim, ele foi eleito por um arco de lideranças e militância do campo da esquerda. Era um quadro técnico do então governador Ricardo Coutinho, desconhecido do público em geral. Venceu no 1º turno sem maiores dificuldades, fato que até então não ocorria há duas décadas nos pleitos estaduais da PB.

Numa dessas entrevistas/lives da vida, Ricardo cita uma passagem curiosa sobre o pós-vitória de João Azevedo: ele não quis discursar no comício do 2º turno da campanha presidencial em favor do então candidato à Presidência da República, Fernando Haddad. Estranho um governador recém eleito precisando de auto afirmação política, numa conjuntura tão excepcional como foram as eleições de 2018, se negar a discursar. Depois disso, vieram os movimentos de afastamento que suscitaram no rompimento com quem pegou na sua mão, apresentou-lhe à PB e o levou ao Palácio da Redenção. Juntou-se ao atraso que seu grupo combatia.

A equivalência esdrúxula e absurda feita pelo governador João Azevedo, apontando Lula e Bolsonaro como extremos, e acenando à época pra uma 3ª via que nunca existiu, demonstra na verdade a sua falsa equivalência junto ao campo ideológico pelo qual foi eleito. Nunca, desde a redemocratização do país, foi tão necessário se posicionar politicamente de forma clara. João titubeia, escorrega. Atira pra todos os lados. É de todo mundo e não é de ninguém.

Caiu no colo das raposas felpudas do estado. Está sendo engolido. Virou uma peça comum no jogo político. Depois de um mandato água com açúcar, sem o tempero, repito, do campo pelo qual foi eleito, terá dificuldades. A verticalização que supõe as eleições deste ano, sem um candidato à presidência pra chamar de “meu presidente”, terá consequências.

Como diz a genial e atualíssima canção de 1995, Vícios de Linguagem: “Tchê, de que lado tu estás? Ninguém pode agradar os dois lados”.

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2 Comentários

  • Reply José Givanildo 5 de julho de 2022 at 21:54

    TU QUERES SER UM JORNALISTA DE PRIMEIRA, ENTÃO SEJA COERENTE!!!

  • Reply ROBÉRIO 6 de julho de 2022 at 12:44

    Que comentário bosta kkkkkk quem é Jackson Macedo para falar de traição acabou de trair os Cartaxo

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