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Apito de Ouro

28 de abril de 2019

Por Camilo Macedo

APITO DE OURO – Filho de Augusto da Silva e Maria Pessoa da Silva, agricultores em Caiçara, Paraíba, Antônio Augusto da Silva nasceu em 12 de janeiro de 1937, prestou o serviço militar obrigatório no 15º Regimento de Infantaria em 1956 e ingressou na Polícia Militar em 20 de julho de 1959. Como era reservista, no decorrer das décadas de 1960 e 1970 um Soldado ganhou muita notoriedade em João Pessoa, chegando, mais de uma vez, a ser matéria de página inteira em um dos jornais de grande circulação na cidade.
Esse notável policial foi homenageado por Clubes de Serviço e órgãos da imprensa que lhe outorgaram o título de Apito de Ouro, uma alusão ao seu trabalho como guarda de trânsito exercendo o controle de tráfego nos principais cruzamentos do centro da cidade. Essa figura carismática, sorridente, simpática e entusiasmada pelo seu trabalho foi o Soldado Antônio Augusto da Silva, que, por longos anos prestou serviço na Companhia de Trânsito de João Pessoa.

Antes da construção do Viaduto Damásio Franca, no centro da cidade, os veículos vindos da cidade baixa cruzavam a Ruas Duque de Caxias e Visconde de Pelotas, seguindo pela Rua Padre Meira, em direção ao Parque Solon de Lucena. Por essas artérias também circulavam muitos automóveis. Havia, portando, necessidade de um controle dos fluxos desses veículos, principalmente nos horários de maior movimento. O mesmo ocorria em diversos outros cruzamentos, não só no centro, mas em esquinas de ruas como a Epitácio Pessoa e Cruz das Armas,, por exemplo.

Naquela época existiam poucos semáforos instalados na cidade e esse serviço era feito por Policiais Militares, que eram mais conhecidos por Guardas de Trânsito. Esses policiais recebiam treinamentos para executar os convencionais apitos e sinais de braços estabelecidos no Código de Trânsito. Apito de Ouro era sempre escalado para trabalhar em um dos cruzamentos do centro da cidade. E foi nessa atividade que o seu trabalho ganhou popularidade. É que ele, contrariando o que estabelecia o Código de Trânsito, criou uma série de gestos, movimentos e sons no apito, que em seu conjunto parecia uma coreografia.

Apito de Ouro foi promovido a Cabo, por tempo de serviço, no dia 22 de setembro de 1986, e passou para a reserva no dia 28 de janeiro de 1987, com os proventos de 3º Sargento. O Jornal A União, em edição de 27 de outubro de 2013 publicou uma matéria que sintetiza um perfil de Apito de Ouro. Dessa matéria destacamos, e aqui reproduzimos, um precioso texto do Jornalista Gilson Renato, que ainda como criança chegou a ver no Ponto de Cem Reis, uma performance de Apito de Ouro, e guardou na memória.

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3 Comentários

  • Reply RAQUEL VIEIRA COUTINHO 28 de abril de 2019 at 18:16

    Lembro demais………. Apito de ouro, sempre sorridente, Que Deus conforte a familia,

  • Reply Cavalcanti 28 de abril de 2019 at 20:12

    Cheguei a ver várias vezes ele trabalhando, nunca multou ninguém. Que Deus o receba e conforte a família.

  • Reply Gilvandro 29 de abril de 2019 at 08:45

    Que diferença, de alguns, dos “Agentes de trânsito” de hoje. Esse respeitava e se fazia respeitar

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